capítulo 1

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    Preciso contar os novos acontecimentos em minha vida, lembro dos momentos em que minha alma não esteve vazia dessa forma, quando meu corpo era sua morada, vinha preenchendo buracos, me deixando viva.
   Verônica suspirou e deu um sorriso de canto, que logo foi desfeito.
    Querido amigo, você sempre esteve comigo, existente em minha mente, fico na espera de uma resposta para tantas perguntas.
    nunca olhei sua face, mas sinto que você está em alguns carinhas que passam por mim, por isso peço que se manifeste também como pessoa.
   Verônica cada vez mais frustada aguardava um sinal, um objeto derrubado, alguma sensação diferente ou pelo menos uma voz.
    Não sei se mencionei, meu filho Carlos fugiu, sim! é aquele grosseiro, você sabe que fiz de tudo por ele, em troca sofri calúnias.
    A moça já não tinha nada, encheu seu travesseiro de lágrimas e chorou até cair em um sono intenso.
    Para Verônica, estar desacordada sempre foi uma solução, dormir eternamente poderia até resolver. portanto, sua  noite atual foi diferente, o desejo de estar inconsciente desapareceu.
    Enquanto se encontrava desacordada, sentiu dores que aumentavam com o passar de segundos, uma perfuração, algo percorrendo seu corpo, se passava das partes baixas e parava ao segurar seu pescoço na intenção de tirar sua vida, sem nenhuma excitação, por onde passava deixava cicatrizes, seu corpo já paralisado, os olhos sem chances de serem abertos naquele instante, só conseguia gritar inconscientemente, sem abrir a boca, pedindo por socorro.
      O corpo de Verônica estava sendo tomado, seus pensamentos estavam sendo dominados, coagindo a impulsos, reações.

Caso incertoOnde histórias criam vida. Descubra agora