Retro Future - Hyundawn / Jikook

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Kim Hyuna

Não foi preciso esperar o despertador tocar naquela manhã, eu estava tão ansiosa que acabei acordando uns dez minutos antes do planejado, me sentei na cama pronta para levantar quando ouvi passos se direcionando ao meu quarto, já sabia quem era.

Jimin, meu irmãozinho, abriu a porta e bufou assim que me viu sentada o olhando.

– Droga, já está acordada – revirou os olhos formando um bico extremamente fofo – Estava tão ansioso pra te acordar – disse me mostrando um pequeno balde com água e algumas pedras de gelo.

– Desculpa por estragar sua felicidade – falei de maneira debochada agradecendo mentalmente por ter acordado mais cedo.

– Se arrume depressa, mamãe e papai já estão arrumando as coisas para darmos o fora – o mesmo ia fechar a porta mas parou no meio do caminho colocando a cabeça pra dentro do meu quarto – Fique pronta em cinco minutos, vou esperar com o balde nas mãos – rimos e Jimin fechou a porta se retirando.

Me alonguei preguiçosamente e levantei, encarei minha mochila rosa cheia de chaveiros e bottons coloridos, automaticamente sorri, finalmente eu iria conhecer Seul. Todas as minhas amigas dizem que é a cidade da moda, corri até o Senhor Teobaldo (meu cofrinho de porquinho pink) e o agitei um pouco, guardei todas as moedas que ganhava ou que encontrava por aí, principalmente na mochila de Jimin. Teobaldo estava pesado, o que me fez sorrir, eu iria trocar as moedas por notas e poderia gastar tudo em roupas, maquiagem e principalmente lápis de cor. Sunmi ficará com inveja.

Troquei de roupa e calcei meus inseparáveis converses vermelhos, coloquei minha mochila nas costas e peguei o Senhor Teobaldo com todo o cuidado do mundo.

Saí do quarto descendo as escadas rapidamente, mamãe passava geleia de morango em uma torrada para logo colocar em um prato enquanto Jimin comia e ficava com a boca toda suja de geleia.

– Venha comer meu amor – disse mamãe abrindo a geladeira pegando o leite para preparar seu incomparável achocolatado.

Existe mil achocolatados por aí, mas nenhum é igual o de nossa mãe, é um sabor único, eu jamais o esqueceria.

Me sentei a mesa e comecei a comer, papai adentrou na cozinha e acariciou minha cabeça bagunçando meus cabelos.

– Está levando seu caderno mocinha? – assenti com a cabeça rapidamente com a boca cheia – Ótimo, aproveite que estará em um outro ambiente e deixe sua imaginação te levar.

– Querido, já está a pressionando? – mamãe perguntou como se estivesse brava.

– Claro que não meu bem, todos nós sabemos que Hyuna será uma ótima escritora quando crescer.

– Melhor que o senhor papai – disse Jimin sorrindo logo após tomar seu achocolatado.

– E você rapaz irá ser um grande artista como a sua mãe – papai o olhou.

– Falando nisso, eu já desenhei algumas capas para seu novo livro appa – Jimin disse o fazendo sorrir e agradecer, apesar da pouca idade, meu irmãozinho sabia desenhar perfeitamente bem. Ele já havia feito uma capa para um livro do papai, inclusive foi o livro mais vendido de papai.

– O papo está bom mas temos que ir – disse mamãe batendo palmas fazendo todos nós nos mexermos rapidamente, inclusive eu que virei o copo de achocolatado sem deixar uma misera gota.

***

Já estávamos na estrada, tocava uma música na radio que fazia papai cantarolar no banco da frente de olho na estrada.