2222
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kαηησρυs
╰────╮•╭────╯Eu estava deitada no chão da sala de estar virando uma lata de leite condensado na boca enquanto apreciava Chopin - Nocturne tocar nos alto falantes. Queria acabar com a minha ressaca de uma vez por todas aumentando o nível da minha glicose. Havia acabado de fazer alguns exercícios e por isso estava demasiadamente suada, com a pele oleosa e brilhante. Meu peito subia e descia num ritmo calmo como o da música, e por um momento eu fechei os olhos e deixei que a minha mente se esbranquiçasse sempre fui muito eclética e minhas influências me ensinaram a gostar de coisas boas.
Estava completamente concentrada quando que no ápice da música, de repente o som fora se abaixando de forma sinuosa quase imperceptível. Abri os olhos automaticamente e me levantei ficando sentada.
-- Oi. -- minha mãe havia chegado com uma sacola na mão, ela deixou a mesma em cima de uma mesa e se aproximou de mim.
-- Oi.. -- respondi sem ânimo e me levantei para que nós ficássemos no mesmo nível.
-- Você gandaiou ontem, hein? -- riu nasal. E me deu um tapinha nas costas seguindo para a cozinha.
-- Não deveria estar preocupada? -- entreguei as costas ouvindo um estalo e a segui.
-- Haha... Minha filha, você entrou no exército e acabou em outro planeta. Você acha mesmo que uma noite fora é o que me preocupa?
Ela parou em frente da mesa da cozinha e me olhou com uma das sobrancelhas arqueadas. Eu não consegui evitar de rir, por falar nisso eu estava começando a sentir falta da Força Aérea.
-- Desculpe senhora. Mas, se você não leu, no meu uniforme está escrito "força aérea" e não "exercito". -- Disse para implicar pois na verdade aquilo não me era de muita importância.
Por um momento minha mãe pareceu pensativa quanto ao que eu disse. Murmurou alguma coisa sem sentido e de repente bateu a não contra a testa e fechou os olhos com força. Fiquei meio sem reação, mas logo fui até ela e perguntei o que estava havendo.
-- Ah filha. Esqueci meu livro no clube... -- Seu semblante se contorceu como o de uma laranja azeda e eu só consegui achar graça da situação. -- Não ri! É um livro caro que ganhei de uma das meninas.
-- Sei... "Meninas". -- Depois dessa ela me deu um tapa no braço. -- AI! Não faz isso -- ri um pouco mais.
-- Não quero ter que voltar lá. Estou cansada e minhas pernas doem, mas se tivesse alguém com carro que saiba dirigir aqui... -- Claro, o velho draminha.
-- Olha só. Eu vou, mas vou a pé porque estou afim de caminhar. Ficar dentro dessa casa está começando a me deixar angustiada.
-- Obrigada, você sabe que eu te amo né meu bebê. -- olhei brava pra ela e virei as costas enquanto ela ria atrás de mim.
Eu iria ir buscar o bendito livro no bendito clube dela, mas antes eu precisava de um banho porque eu não era obrigada a sair toda suada. Ainda mais com essa cara de "ontem" que eu to. Tinha que dar um trato antes e assim eu fiz. Vesti uma camiseta branca regata com uma camisa de botões azul por cima e uma calça moletom preta com um tênis da mesma cor. O prata da plaqueta de identificação militar se sobressaía entre as cores da roupa.
-- Senhorita. -- Era o Syfos-- Me perdoe a intromissão, mas se vai caminhar eu aconselho levar um guarda chuva.
-- Tá certo.-- Sorri enquanto olhava no espelho.
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2222 - O CÉU NÃO É O LIMITE
Fiksi UmumNo ano de 2222, Natasha Kannopus capitã da divisão aeroespacial brimeriana tem a missão mais temida de toda sua carreira militar: As Férias. Voltando a sua cidade natal, sem qualquer escolha, a jovem terá de enfrentar as terriveis memórias que assom...