Don't leave me || Ji+kook

Capítulo Único

Amor: uma palavra com um significado tão forte e que mesmo assim é usada incorretamente. Não estou falando de amor entre família, ou de amigos, mas, sim do amor de duas pessoas apaixonadas, aquele amor com uma ligação tão forte, tão pura e ao mesmo tempo intensa; era assim que me sentia ao lado da pessoa que mais amei nessa terra, a pessoa que me fazia sentir meu interior vibrar e meu coração aquecer.

Me chamo Park Jimin, e contarei a vocês minha história.

Naquele tempo era apenas uma criança inocente, não conhecia a maldade do mundo e acreditava que super-heróis existiam, mas foi nessa mente tão ingênua que soube o significado do amor.

— Jungkook-ah, assim não vale! — falo alto para o ser em minha frente. Jungkook segurava meu brinquedo o levantando para cima, fazendo assim não conseguir alcançá-lo por minha baixa altura.

— Tente pegar, hyung! — responde com uma voz provocativa me fazendo ficar mais emburrado. — você é muito pequenininho Jiminnie.

— Não sou não! Omma disse que estou em fase de crescimento... — falo franzindo as sobrancelhas, tendo outra tentativa falha ao tentar alcançar meu brinquedo. — Jungkook devolve meu boneco, sou mais velho que você.

— Você pode ser mais velho que eu... — diz apertando os olhos. — mas ainda sou maior! — continua, tocando em minha cabeça. Dou um salto na tentativa de pegar meu brinquedo, mas ao aterrissar piso em falso me fazendo cair de joelhos no chão.

— Aí! — grito começando a chorar e Jungkook se agacha rapidamente em minha frente, com uma feição preocupada. — tá doendo...

— Calma, Jimin-ah tenho uma solução — me responde determinado, e se abaixa mais um pouco para dar um simples selar em meu joelho, me fazendo o olhar confuso. — appa, sempre fala que beijinho cura qualquer dodói... ele falou que fez isso com minha omma, mas que seu beijo não era tão forte, então agora ela é uma estrela!

— Não está mais doendo, Kookie seu beijinho sarou meu dodói — o respondo sentindo minha visão turva por minhas bochechas a esmagarem no enorme sorriso que dou.

— Aha! sabia — fala animado e estende meu brinquedo. — toma, pode pegar.

Com aquele simples e inocente ato, tive a certeza do que era amor; amor era carinho e cuidado.

Com o passar dos anos, fomos crescendo assim como nosso sentimento um pelo outro. Era uma tarefa difícil termos que ficar separados, então sempre dávamos um jeitinho de nos encontrar e aproveitar a companhia de ambos.

Era uma noite de domingo, e fui dormir na casa de Jungkook por ser seu aniversário de dezesseis anos. Foi a noite que demos nosso primeiro beijo, escondidos dentro de seu guarda roupa abafado e apertado, foi um beijo atrapalhado e molhado, mas cheio de amor e carinho, não existia malícia.

— Jimin, eu te amo — fala em alto e bom som, não pela primeira vez me fazendo derreter todo por sua declaração — te amo tanto que não consigo explicar.

— Jungkook, eu também te amo — também falo quase suspirando por seu sorriso, aquele sorriso que eu era tão apaixonado.

— Quero que sinta isso, hyung — pega em minha mão a levando para seu próprio coração me fazendo o sentir pulsando rapidamente. — é assim que ele fica quando estou com você — sinto minha visão turva, e minha primeira lágrima escorrer por minha bochecha. — cada batida, sou eu o falando que te amo...

— Jungkook... — o chamo em um suspiro e me aproximo ainda mais de seu rosto tão belo. —, então eu quero o sentir para sempre — o respondo voltando a beijá-lo ainda com minha mão em seu coração o sentindo bater em meus dedos.