A noite tomava conta da cidade. As pessoas iam e vinham nas ruas movimentadas da famosa cidade de Nova Orleans, todas alheias ao segredo que a escuridão trazia consigo.Para pessoas comuns a cidade estava indo como deveria ser, havia uns desaparecimentos aqui e ali, mas tudo estava normal. Uma paz. Paz essa que breve seria quebrada e eles nem perceberiam.
Numa casa distante o suficiente para não ser notada nos arredores de Nova Orleans, acontecia uma reunião que se alguns soubessem iriam entrar em alerta.
Um copo de whisky é colocado na mesinha do centro e a figura respira fundo, como se quisesse colocar as ideias no lugar em sua cabeça. Havia sido dias difíceis e de discussões. Mas nada tirava sua elegância natural.
Elijah Mikaelson, o vampiro original, havia voltado após cinco longos anos em sono profundo. Não só ele, mas seus irmãos também havia despertado.
Naquele exato momento um assunto delicado era discutido, enquanto que Elijah tentava provar seu ponto para uma pessoa teimosa demais, mas que ele amava incondicionalmente mesmo assim.
- temos que salva-lo e retomar nossa casa. É o que ele iria querer.- disse o homem de terno.
- é muito perigoso Elijah , e se você morrer?- questionou a mulher, Heyley, que o olhava com preocupações em seus olhos.
Elijah olha para a janela. Realmente era uma bela noite, em uma bela casa, com um belo jardim iluminado pela luz prateada da lua no céu estrelado.
Ele abaixa sua cabeça, ele estava cansado daquilo tudo. Queria resolver tudo.
- entenda meu amor- elijah se aproxima de heyley e coloca sua testa na dela e segura sua cintura- ele é meu irmão e nesse momento ele precisa muito de mim. É família.
- Já não sofremos o suficiente, Elijah?- Heyley diz quase num sussurro.
- Entenda.. por favor. E não é certo Hope crescer sem um pai presente. Devemos isso a ela também.- disse Elijah.
Heyley deu um suspiro cansado e assentiu. Ela não gostava muito da maneira como tudo havia acontecido, como o mundo deles havia virado de cabeça para baixo tão rápido.
Ela queria paz. Mas se para conseguir seu ideal de paz precisasse iniciar uma guerra que assim fosse. Ela só não queria perder Elijah, era um preço alto demais para ela pagar. Ela queria mantê-lo em segurança.
- Ok. Mas eu vou com você, não me negue isso.- Heyley então acaba com a distância dela e de Elijah e o beija.- eu te amo.- sussurrou no ouvido de Elijah após o beijo.
Elijah sorriu levemente.
- Olha, assim sabe, eu não gosto de atrapalhar o momento Romeu e Julieta mas e o plano?- Rebekah olha eles com um sorriso de canto de boca ao entrar no cômodo.
Rebekah Mikaelson, a irmã original. Sua personalidade era um tanto única e perigosa para alguns.
Ela entra e se serve de um whisky e bebe. Seu olhar vai para Elijah e ambos se encaram. Rebekah também queria resgatar Klaus das garras do "tirano" em Nova Orleans, mas também sabia que era um perigo que em outras circunstâncias seria burrice correr.
Como ela tinha coragem de ir atrás de alguém que em suma sempre trouxe dor e sofrimento à sua pessoa? Ela também não sabia. Mas era família. E eles haviam feito um juramento, um pacto que havia se fortalecido ao longo das eras.
Elijah se desvencilha de Heyley.
- Bom, retomando o plano, vamos entrar em um esgosto que não funciona mais facilitando ainda mais nossa entrada na cidade e esse esgoto vai dar num pequeno pântano perto de um rio...- antes de terminar Rebekah o atrapalha.
- Vai fazer eu sujar minhas botas cara mesmo? Céus.. ok. Eu faço. Só espero que valha a pena.- disse Rebekah. Apesar de tudo era Klaus, e sua personalidade era instável.
- Eu agradeço pela cooperação.- Elijah estava grato. Sempre podia contar com Rebekah.
Um riso de desgosto foi ouvido pelos três e seus olhares se direcionaram para o dono do riso.
- Todo esse esforço pra resgatar um irmão egoísta e manipulador que sempre coloca a gente pra dormir num caixão com uma adaga no peito.
Kol Mikaelson, o original revoltado. Kol sempre foi um pouco rebelde quando o assunto se tratava da família, mas apesar das reclamações ele sempre estava ali. Elijah desconfiava que essa revolta toda tinha origem no começo da história deles, quando Kol ainda era um jovem bruxo que foi forçado a largar sua natureza para adotar outra mais violenta e corrupta.
Tudo mudou depois da transformação para Kol.
- Olha, eu sei que ele não é o melhor irmão do mundo mas ele já pagou seus pecados durante esses cinco anos.- Disse Heyley.
- Concordo.- disse uma figura que entra o cômodo. Freya Mikaelson.- Amanhã iremos para Nova Orleans, vamos pra casa.
Casa. Uma palavra simples mas que para eles significava muito. Significava família.
- Sempre e pra sempre.- falou Elijah, e em seguida todos repetiram aquele lema.
Nova Orleans - Quartel Francês
- Bom dia bela adormecida.- um balde de água fria é jogado no prisioneiro contra sua vontade. Marcel Gerard, o líder do Quartel Francês, mandava seus cumprimentos.- Hora do café da manhã Klaus.
Ele pega uma garrafa com sangue e balança na frente de Klaus, que pega com ferocidade e acaba com o conteúdo em pouco tempo.
- Hora da coleta.- disse Marcel com certo divertimento na voz.
- Alguém do seu fã clube foi brincar com os cachorros e levou uma mordida? Não é de se impressionar, quanta irresponsabilidade.- disse Klaus com uma pitada de deboche.
- Faz sua parte que eu trago mais sangue.- disse Marcel se preparando para pegar o sangue de Klaus.
- Você realmente não sabe ser um bom líder , você é patético. Se eu estivesse no comando esse probleminha com os lobos já estaria resolvido, você não tem culhão e força o suficiente pra estar na posição que está amigo.- Klaus alfineta Marcel, ele gostava de fazer aquilo naquelas horas.
- Não vou cair na sua pilha, Klaus. Você só vive porque eu quero e preciso do seu sangue pra curar mordidas de lobisomem. Se não você já estaria morto desde aquela noite.- confessa Marcel.
Klaus sorri levemente.
- Um dia quando eu sair daqui e eu vou sair- Klaus se levanta e fica cara a cara com Marcel e fixa seus olhos nos dele- vou te colocar nessa mesma situação que eu estou ou até mesmo pior do que isso. Vou te torturar até você implorar por misericórdia enquanto me divirto ouvindo seus gritos de dor. Sejamos francos, você sabe muito bem o que te espera em breve. O que vou fazer com você fará até o diabo chorar.
Marcel nada diz, ele coleta o sangue de Klaus, que permite pois não poderia ser feito muito coisa, e em seguida Marcel pega uma lâmina que estava no bolso da jaqueta de couro dele.
- A lâmina do papa tumde, lembra dela?- Marcel enfia ela com violência no peito de Klaus e ele cai no chão agonizando.
Marcel dá as costas para Klaus e sai andando em direção a saída daquele lugar frio e desolado.
----------------
Bom é isso pessoal!! Até o próximo capítulo!
VOCÊ ESTÁ LENDO
The Originals- Recomeço (Reescrevendo)
VampireCinco anos atrás minha família foi derrotada e perdemos nosso império e nossa casa, os Mikaelson haviam sido derrotados. Nova Orleans costumava ser a casa de minha família até uma profecia aparecer e acabar com tudo. Meu irmão Niklaus sacrificou seu...