O baile de formatura

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"O grande dia está chegando o que eu posso fazer? "

"Nunca vou achar ele e eu não vou sozinha, não vou! "

"Ou será que vou (????)"

Tais pensamentos não paravam de rondar a cabeça de Eleonora. O baile de formatura é o que todos almejam durante seus 5 anos de graduação, e ela tinha alcançado, ela viu tantos falharem, tantos desistirem, mas ela conseguiu, estava se tornando a doutora Coutrin, porém como nada é perfeito durante este tempo todo ela só apenas se dedicou a sua vida profissional e desta forma afastou todos aqueles que tentavam se aproximar.

Amigos e família entendiam suas razões, mas os pretendentes eles não conseguiam se manter a seu lado como se fossem coisas  descartáveis, então, eles saiam da mesma forma que haviam entrado, como apenas uma roupa que não servia mais a Eleonora, o único que havia a marcado com o término tinha sido Davi, o rapaz bem alto, de lindos olhos cinzentos, com seu porte de atleta e no último ano de Engenharia Ambiental, ele havia feito tudo por ela e ela realmente se importava com ele, até mesmo tinha cabulado uma aula de psicologia humana, para poder ir com ele ao barzinho, mas por motivos de força maior, ele teve que mudar de campus e assim eles acabaram perdendo contato. Esta foi de fato a grande decepção amorosa de Eleonora, que nunca antes havia se apaixonado por alguém, ou se permitido sentir qualquer coisa do tipo.

Durante todo o tempo da faculdade isto não importava a ela, as vezes ela lembrava do rapaz e o coração apertava, mas eram tantos trabalhos, tantos afazeres que não lhe sobrava tempo para tentar procurar por ele  mas agora, agora Eleonora tinha tempo para procurar por ele, mas não tinha nem ideia de por onde começar a procura, mas ela queria o encontrar e o convidar para o baile de formatura, mas nada dava certo e isto estava de fato a deixando incomodada, mas ela precisava ir neste baile mesmo que por desventura tivesse que ir sem o único homem que a havia conquistado.

Alguns dias se passaram com Eleonora literalmente implorando por alguém que a ajudasse a achar ele primos, irmão, seu pais, tios, e alguns de seus amigos, porém para a infelicidade da jovem todos estavam ocupados ou não faziam ideia de onde procurar e também não poderiam ir com ela por já terem seus próprios pares, de fato, Eleonora teria que ir sozinha e dançar acompanhada da sua própria solidão.

A grande noite havia chegado, Eleonora mesmo tendo que ir sozinha tinha se arrumado da melhor maneira, ela tinha feito um penteado que valorizava as belas tranças em sua cabeça, colocado uma maquiagem leve e que realçasse sua pela linda pele negra, seus olhos castanhos escuros e seus lindos lábios  carnudos. O vestido em tom bege, que ela havia escolhido, também valorizava seu busto e as curvas do seu corpo.

Sua mãe afim de a animar havia dito a ela que a mesma estava deslumbrante e não importava ter alguém ou nao ao seu lado ela por si só já se completava e com toda a certeza roubaria toda a atenção do salão.

As 20 horas da noite Eleonora desceu de seu carro, respirou o refrescante ar da noite e caminhou lentamente em direção a entrada. Já dentro do salão a jovem observava seus amigos e amigas dançando de um lado ao outro, uma parte dela sabia que sua mãe estava coberta de razão e que ninguém mais poderia a completar se não ela mesma, afinal ela tinha chegado a um patamar que poucas pessoas conseguem e o melhor tudo o que ela havia conquistado ela devia, sem dúvidas alguma, a todos os dias que ela havia passado estudando. Mas Eleonora era humana e sabia que o que ela havia tido com Davi era diferente, não era apenas carnal ou uma necessidade de alguém para lhe completar, pelo contrário para ela, Davi não a completava, ele a fazia transbordar de alegria e de sonhos, com ele Eleonora conseguia sentir-se ainda mais ela.

As músicas tocavam e Eleonora dançava, uma hora com seus amigos, outra sozinha mesmo, ela pulava, ela ria, bebia, parava para descansar e recomeçava tudo denovo, até que em um dado momento seu telefone vibrou e ela se afastou da pista de dança para poder ver quem era. Ao pegar o telefone ela viu um número desconhecido e pensou em não atender, mas sua intuição disse o contrário e então ela aceitou a ligação.

- Alô? Lê? - disse a pessoa do outro lado da linha. - Sou eu.

Seu coração foi no chão, era ele, definitivamente era o cara pelo qual ela havia esperado e as vezes pensado em desistir.

- Então? Você está aqui, não está? - ele perguntou e ela conseguiu perceber que a música ao fundo era a mesma que tocava no baile.

- Davi? É você mesmo, meu Deus! Onde? Como você...

- Nós podemos conversar ao vivo, a ligação está péssima. Onde você está?

- Perto do bar, meu Deus, é você mesmo, eu não estou acreditando que...

A ligação caiu e ela quase surtou, porém ela sentiu alguém respirar fundo em seu cangote e ao se virar ali estava ele, o mesmo de sempre com seu cabelo na altura do ombro e aquele sorriso de tirar o fôlego de qualquer uma.

- Sur - pre - saa. - disse ele a tomando nos braços e a apertando.

O cheiro a deixou inebriada, o toque a esmoleceu e o calor dele a atiçou seus braços, antes parados pelo choque do contato, correram para o pescoço e o cabelo dele e ela sentiu ele suspirar e suspirou junto, os dois ficaram ali naquela energia durante um bom tempo sem deferir mais nenhuma palavra, apenas sentindo a energia passando de um corpo ao outro, se multiplicando até quase ficar palpável. Foi quando Davi a apertou na cintura e acariciando seu rosto com a outra mão roubou dela algo que ela imaginava a anos, um beijo cheio de saudade, vontade e promessas futuras. Após o beijo os dois se encararam e abriram um enorme sorriso.

- Caramba Eleonora, você me fez muitíssima falta.

- Você nem tem noção do quanto eu senti a sua.

E assim eles voltaram a se beijar e depois foram andando para a pista de dança, se encontram com alguns amigos, que ficaram surpresos com a novidade, o resto da noite foi perfeita e para encerrar o DJ colocou a música preferida de Eleonora e também a música do primeiro encontro dos dois, I wanna dance with somebody, da Whitney Houston.

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