Pov. Carol
Depois de andar sem rumo durante um bom tempo começou a chover, e minhas pernas doíam, mas eu não sabia o que fazer ou para onde ir, as palavras da minha mãe se repetiam na minha cabeça a todo instante, e eu não conseguia parar de chorar, cheguei a uma rua mais tranquila a qual eu conhecia um pouco ficava do outro lado do bairro, eu havia andado muito, no meio dos meus pensamentos conturbados e de toda essa dor interna, eu ouvi meu celular tocando que por sorte estava no meu bolso e não tinha molhado muito com a chuva, peguei ele depressa e deslizei o dedo para aceitar a ligação porque a essa altura a minha cabeça já doía muito e eu não aguentava mais aquele barulho ensurdecedor
Ligação on
- Oi ruivinha, eu sei nem tem muito tempo que te deixei em casa, mas queria saber se ainda vai querer sair comigo mesmo com essa tempestade - Era ela a única voz que conseguia fazer eu me sentir melhor mesmo no meio desse caos
- Day - tentei soar calma mas foi impossível, minha voz sair embargada devido ao choro
- Carol, meu Deus, você tá chorando? O que aconteceu? Onde você tá? - ela perguntou com uma voz preocupada
- Eu tô na rua - Isso foi tudo que consegui dizer, as lágrimas novamente tomaram conta do meu rosto
- Calma, fica calma ok? Respira e tenta me falar - Ouvi tudo e fiz como ela disse - Me diz, qual o nome da rua - com muita dificuldade eu respondi - ok, não sai daí tá bom? Eu tô indo te buscar
Pov. Day
Depois de encerrar a ligação peguei o carro que Vitão tinha alugado e dirigi o mais rápido possível até a rua que ela me passou, chegou lá meu coração se partiu com aquela cena, a minha ruivinha sentada na calçada naquela chuva forte com os olhos vermelhos e batendo o queixo suponho que de frio, parei o carro sem nem me importar se tava bem estacionado e saltei depressa dele, indo até ela
- Baby - eu falei me sentei ao lado dela que percebendo a minha presença se jogou nos meus braços chorando muito - calma meu amor, vai ficar tudo bem - tirei minha jaqueta e coloquei sobre ela e a envolvi em meus braços - vem, vou te tirar daqui - ajudei ela a se levantar e a conduzi até o carro
- Obrigada - ela disse com uma carinha tristonha que me fez sentir um aperto no peito, nunca tinha visto ela tão frágil assim, pelo contrário ela que sempre cuidou de mim, e agora era a minha vez de retribuir, não sei o que houve mas sem dúvida eu faria de tudo para ela se sentir melhor
- Não precisa agradecer - eu disse sorrindo pra ela tentando melhorar a situação - você quer que eu te leve pra casa?
- Não, por favor, não me leva pra aquele lugar de novo - Ela respondeu rapidamente e começou a tremer e com os olhos cheios d'água novamente
- Calma, tudo bem, eu não vou te levar pra lá, tá bom? - eu falei abraçando ela tentando acalma lá - voce vai comigo para o hotel onde eu tô hospedada e eu vou cuidar de você tá bom? Vai ficar tudo bem, fica calma - Ela assentiu... O caminho todo ela permaneceu em silêncio as vezes batia o queixo, mesmo com a minha jaqueta ela parecia sentir frio e eu temia que ela tivesse ficado doente devido a chuva que pegou, mas eu também não disse uma palavra, daria o tempo que ela precisasse até se sentir pronta pra me contar o que aconteceu...
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De repente cê me ganhou...
Fiksi PenggemarAs vezes as coisas vão tão de mal a pior na nossa vida que nem parece que vamos achar a solução, mas são nesses momentos que aprendemos a ser fortes, e quando não estamos aguentando mais a vida nos manda uns "reforços".