Ensina-me a Querer (Degustação)

Capítulo 10 - Maira

ATENÇÃO: Este livro ficou completo aqui na plataforma ate quarta-feira 22/07/2020, agora contém apenas alguns capítulos de DEGUSTAÇÃO

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Desculpem o atraso, mas a internet tem estado horrível por aqui.

boa leitura!!

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Maira

Eu estava de volta ao Rio de Janeiro, sentada em meu escritório e olhava uma foto que vovó tinha acabado de enviar. Estávamos as seis mulheres Alencastro com ela no centro. Ao redor, mamãe, tia Deise, eu, Joana e Manuela. Éramos todas semelhantes, principalmente, eu e minha prima mais nova, que nos parecíamos com vovó.

Tentava focar minha atenção nas fotos postadas no grupo da família e ria com os comentários sobre nosso delicioso final de semana, mas a verdade era que eu pensava sem parar em Júlio, desconhecendo-me completamente. Tentava desviar meus pensamentos dele, que desde quinta-feira não saía da minha cabeça. Por isso, aceitei ir à Brasília no lugar de papai, que não tinha se sentido muito bem durante o dia. Ficaria por lá durante o resto da semana, pois teria algumas audiências e visitaria alguns clientes.

Voltei ao Rio somente na sexta-feira. Durante esse tempo, Júlio ligou duas vezes e passou algumas mensagens. As ligações eu não atendi, as mensagens respondi somente a algumas.

Eu, descaradamente, tentava evitá-lo, sentia que nosso envolvimento estava além do que eu queria, maior do que eu podia suportar, mas ao retornar à cidade, não aguentei e atendi sua li

gação.

— Essa é a terceira vez que te ligo, Maira, e jurei que se dessa vez não atendesse, eu não ligaria mais — foi direto, sem rodeios.

— Boa tarde para você também. Estive muito ocupada, já te falei.

— Sem historinha, por favor! Só insisti porque queria ouvir da sua boca. Não gosto de deixar nada inacabado. Você quer ou não me ver outra vez?

— Júlio, eu estava trabalhando...

— Já sei essa parte. Olha, estou indo agora a São Paulo a trabalho. Tentarei voltar amanhã. Vou te mandar uma mensagem assim que chegar, se você não responder, darei o que temos por encerrado.

— Júlio...

— Não vou insistir mais. Ou você quer ou não quer. É tão simples!

Meu corpo todo tremeu com seu ultimato e me calei, apavorada com a vontade imensa de gritar que o queria, pedir que desistisse da viagem e corresse para mim.

— O avião vai decolar, preciso desligar. Tchau, Maira.

A ligação ficou muda e meu coração doeu. Frustrada com nosso desencontro, assustada com o modo como ele mexia comigo. Inacreditavelmente eu sentia a falta dele, queria vê-lo e ao mesmo tempo não queria.

Passei o sábado ansiosa, olhando sem parar para o celular, esperando sua mensagem, que até às oito da noite não tinha chegado.

Eu parecia uma menininha boba, ingênua e patética. Senti-me ridícula por esperar por aquele contato e tive raiva de Júlio por me frustrar, pela ligação que fez no dia anterior, sendo marrento e cobrando coisas.

Resolvi deixar aquela Maira idiota para trás e liguei para Melissa, marcamos no bar do Poeta. Com certeza lá eu encontraria muitos amigos, bateria papo, talvez beijasse uma boca gostosa e me esquecesse definitivamente de Júlio.