Faz muito tempo desde que eles morreram.Todas aquelas crianças, jovens meninos e meninas. Estavam no lugar certo, na hora certa... No alvo do homem vestindo púrpura. E lhes tiram a vida, após seguir o querido Coelho Amarelo. Muitos avisos dos pais, e nada mais funcionaram. Como se apenas a curiosidade falasse mais alto que o senso de obediência aos mais velhos e responsáveis.
Oh, quem se preocuparia?
Ninguém estava predestinado a morrer. Com certeza, foi por algum acaso do destino que decidiu fechar o parágrafo da vida daqueles jovens. Corriam e gritavam desesperadamente aos arredores da sala, como método de tentarem escapar daquela perigosa faca.
Os mais corajosos, o menino de cabelos castanhos e o outro que mais se assemelhava a um pirata, estavam protegendo a garotinha mais nova do grupo. Chorava de forma altiva e incômoda, deixando que o homem decidisse que ia mata-la primeiro. No entanto, ela ainda estava correndo junto com os outros dois rapazes corajosos. O pequeno vestido de lilás se escondeu atrás de um pilhado de caixas marrons.
Não, ele também tinha medo de morrer. Mas já sabia que não havia escapatória para aquele final tão previsto, no entanto, surreal. Lágrimas amedrontadas caíam de seus olhos, que pareciam implorar para que não morresse. Sem piedade, sua vida encerrou no chão, deixando apenas os outros três sobreviventes desorientados.
— Eis que joguemos um jogo. — Sugeriu o estranho homem de terno roxo, retirando a faca do corpo da criança e guardando no bolso, sujo, agora de sangue. Estendeu as mãos, ainda insistindo em seu argumento. — Abrirei a porta atrás de mim e os deixarei sair. Que tal jogarmos um esconde-esconde? Se eu achar todos, vocês morrerão.
Se os olhos pudessem ser mais que arregalados, os orbes da jovem loira estariam já no chão. Suas mãos pequenas estavam na boca, tentando acalmar o coração que batia ferozmente. O menino de cabelo marrom se aproximou mais dela, empurrando ela para trás dele.
— Jeremy... — A menina pronuncia, afundando a cabeça no peito do seu amigo, que parecia estar petrificado com a possibilidade de fugir daquele lugar e chamar a polícia. Acariciava também a cabeça da sua companhia, que fungava de forma que dava dissabor.
— Não esperem muito, contarei de 01 a 100. Vocês vencerão quando a polícia chegar até aqui. — Disse, olhando o trio amedrontado que presenciava tudo. Virou-se de costas, de uma forma que parecia estar dando um jeito no corpo de Jeremy.
1... 2... 3...
Os três saíram correndo velozmente, mas os olhos de luto eram ao menino vestido de lilás. Era um deles, mas aceitou morrer facilmente. A criança loira não parecia ter muita disponibilidade para correr. Não demorou muito para o pirata pegá-la no colo e correr junto do outro amigo.
— Vou ligar para a polícia, esconda-se junto com a Susie. Vou arrumar um lugar para mim. — Disse o menino dos cabelos marrons, tentando buscar algum telefone que estava próximo das redondezas. Os outros assentiram com a cabeça.
E saíram correndo em outra direção.
Gabriel, o garoto que ligaria para a polícia estava desesperado. Suas mãos tateavam qualquer coisa que se assemelhasse a um aparelho telefônico. Além do mais, olhou para a porta e forçou a tranca. Não abriu.
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O preferido dele.
Mystery / Thriller"Eis que joguemos um jogo.", sugeriu o estranho homem de terno roxo, retirando a faca do corpo da criança e guardando no bolso, sujo, agora de sangue. Estendeu as mãos, ainda insistindo em seu argumento.