Memórias Destruídas

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Comecei a tremer, tanto que minhas pernas falharam.

Minhas memórias começaram a vir a tona, então, soluços romperam de mim.

- Eii!!! Seu idiota! Eu disse pra parar de agir como um bebê!! - ele me deu um tapa na cara.

Nem precisei virar para saber quem era. Meu pai. Lhe dei um sorriso macabro quando me levantei.

- Já parei patrão - ele odiava que eu o chamasse assim, seus olhos pareceram ficar vermelhos de tanta raiva - estava um pouco afim de me deprimir. Sabe?

Ele sorri maliciosamente - Se deprimir? Acho que já fez o bastante!! Vá comprar mais uísque para mim - ele jogou algumas notas de dinheiro em mim - preciso de duas fardas. Quero ter elas até as 20:00, senão, já sabe as consequências.

Ele sai andando tranquilamente, como se nada houvesse acontecido. Tive que me segurar para não pegar a caçamba de lixo e jogar em sua cabeça. Alcoólatra assasino.

Fui ao mercado local. Como sempre, faltou dinheiro para comprar as bebidas, usei o meu.

Quando entrei no carro, vi a hora. Eu podia visitar meu irmão, e eu ainda teria um tempo extra.

Então foi exatamente isso que eu fiz.

Dei partida no carro e começei o trajeto, o hospital ficava perto, mas não podia aparecer no hospital com duas fardas de uísque.

Estacionei e entrei no hospital.

- Mike!! - A recepcionista, Melody, me chamou - veio visitar seu irmão?

- Sim - acenando para ela - Como sempre!

- Então vou falar a novidade - disse, com um olhar esperançoso em minha direção - nosso hospital, com ajuda de alguns patrocinadores, observamos o caso do seu irmão - Comecei a ficar curioso, e cheguei mais perto - criamos uma máquina, chamada de "Capacete do Pensar", mas só chamamos de CP - Olhei confuso - nos iremos usar essa máquina para olhar dentro da cabeça de seu irmão, Mike.

Foi uma das coisas mais lindas que já ouvi. 

William Afton - Um homem cujo coração era roxoOnde histórias criam vida. Descubra agora