Emoções

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Após um tempinho no hospital, fui liberado com uma receita de vitaminas, que Henry se ofereceu para comprar, mesmo eu negando.

Estava voltando para casa, bem próximo de Henry, cujo mesmo estava segurando a sacola de meus remédios. Estávamos bem próximos, quando me lembrei do porque estava o procurando. Olhei seu rosto, que estava ainda preocupado, mas feliz.

- Henry, preciso te falar uma coisa – ele me encarou, ainda andando. Suspirei, botando minhas mãos nos bolsos. – meu pai anda te procurando... quer falar sobre negócios.

Ele parou bruscamente de andar, e me puxou pelo braço. Quase me fazendo cair.

- Michael, pelo amor de deus – seu rosto se tornou sombrio, junto de seus olhos. Engoli em seco – você não contou para seu pai onde sabia que eu estava, né?

Ele apertava meu braço cada vez mais, mas sem machucar. Neguei com a cabeça, dando um olhar de quem entendia a situação. Também teria medo do que meu pai planeja. Ele soltou meu braço, automaticamente se arrependendo te tê-lo apertado. Ele piscou furiosamente, como se afastasse lágrimas, e cerrou suas mãos em punhos. Ele me entregou a sacolinha cheia de remédios abruptamente, me fazendo o olhar confuso.

- Eu.. só quero ter um tempo para descansar, certo? – ele tentava sorrir, mas não conseguia. A sua aflição começou a doer no meu coração muito profundamente. E meu corpo agiu por instinto.

Henry ficou completamente chocado quando eu o abracei, seus braços hesitaram, mas logo me abraçaram de volta. E ele começou a chorar desesperadamente, e dei leves tapinhas em suas costas.

Não sabia o porque que fui abraça-lo, foi simplesmente um impulso. Mas, eu sentia, no fundo do meu coração, que ele precisava. Conforme o tempo ia passando, ele ia se acalmando, junto de meu coração.

- M-me desculpe Michael, não... – ele hesitou um pouco nas palavras, dando um soluço – não queria que me visse assim, tão...

- Vulnerável – ele me encarou nos olhos, e dei um sorriso amigável e compreensivo. Ele voltou a me abraçar – me desculpa perguntar mas... o porque de tanto chorar? Porque você não quer que meu pai saiba onde está?

Sim, eu já imaginava que seria por algo ruim, mas, não a ponto dele chorar.

Suspirando um pouco de olhos fechados, Henry me guiou para sentarmos no meio fio da calçada. Ele botou as mãos nos olhos, os cobrindo totalmente.

- Você não sabe muito do meu passado, não? – acenei negativamente – Certo, certo... Acho que finalmente chegou a hora de você saber mais sobre o passado do criador criminoso de animatronics. Meu passado.

Me acomodei mais corretamente no pequeno degrau de cimento, tentando me manter o mais firme possível. Segurei a mão de Henry, dando liberdade para ele começar.

- Bom, vamos lá...

William Afton - Um homem cujo coração era roxoOnde histórias criam vida. Descubra agora