The Feelings

25. Prove para nós

Califórnia - Los Angeles
Abril de 2017 - 18:00 PM

POV. Elizabeth Avery

Uma semana depois:

- Chaz seu filho da puta, volta aqui!

- Você come demais. - Ele resmunga, segurando o pote de sorvete como se fosse uma barra de ouro.

Mostro o dedo do meio para ele e me sento no sofá emburrada. Esse cretino está me regulando sorvete, tomara que se engasgue e morra.

Ok retiro a parte do morrer, só se engasgar tá bom.

- Você sabe que amanhã eu volto para a escola, né?

- Sei.

- Então, eu posso morrer atropelada, ou num incêndio, ou também um raio pode cair em cima de mim, ou um homem bomba pode explodir bem do meu lado e eu nem citei o Negan ainda...

- Meu Deus, cala a boca! - Ele me entrega o pote. - Come logo essa porra.

- Obrigada, se eu morrer amanhã eu morrerei feliz. - Sorrio para ele com a boca suja.

- Quem vai morrer? - Ryan aparece na sala.

- Liz está fazendo drama para ganhar as coisas agora, sabia?

- Eu sei. Ela me fez assistir um filme esquisito hoje, falando que podia morrer amanhã e nunca mais ver esse filme comigo.

- It não é esquisito Ryan.

- Aquele palhaço é ridículo Liz, não sei onde que você viu terror naquilo.

- Ele dá medo sim. - Reviro os olhos e volto a comer meu sorvete.

- Justin tá mandando mensagem, falando para a gente ir pro galpão, ele tá lá com o Chris. - Chaz dizia enquanto mexe no celular.

- Ok, galpão então. - Me levanto do sofá, sem nem saber do que se trata direito.

- Você não, né. - Ryan revira os olhos.

- Como não? - Me faço de besta. Eu sei que eles não me deixarão ir.

- Assunto da gangue Liz e você fica fora disso,  lembra?

- Só não vou insistir porque tenho coisas à fazer... Se cuidem. - Deixo eles lá na sala. Preciso organizar os meus materiais para amanhã e já tinha combinado comigo mesma de assistir uma série nova que saiu na Netflix essa semana.

Já se passaram oito dias, desde que levei as facadas.
Eu ainda sinto algumas dores, principalmente na minha perna esquerda, mas já consigo me movimentar bem e graças à Deus, posso voltar para a escola amanhã.
Faltar nos últimos meses do terceiro ano é algo muito complicado, pois é nesse período que acontecem diversas provas importantes, que contam muito para entrar na faculdade e agora eu vou ter que ralar o dobro.

Durante esses dias, os garotos estiveram bem ocupados, mas sempre que podiam ficavam comigo. Justin foi quem ficou mais sobrecarregado, pois sempre que eu o via, ele estava dando ordens ou falando no telefone.
Durante as quatros primeiras noites ele me ajudou no banho e nos curativos, mas a gente nem conversava muito e era bem estranho ele estar cuidando de mim.
Mas depois que eu melhorei, ele parou de me ajudar e passei a ver ele só pelos corredores da casa.