O Direito de Amar - Série Apaixonados e Poderosos - Livro 5 (COMPLETO)

CAPÍTULO 23

Semanas depois...

CHRISTOPHE DUJARDINS sentiu um frio na barriga, típica como vinha sentindo nas últimas semanas. O grande dia do casamento havia chegado e o terno que ele vestia, os estilistas de Leon desenharam para que lhe coubesse como uma luva. Olhando em frente ao espelho de corpo, ele viu um homem bonito e inteligente, mas cercado de mentiras e segredos que ameaçavam a ele e à sua reputação de empresário e advogado altamente qualificado.

Se seus familiares, amigos e clientes soubessem que aquele casamento era uma farsa, que praticamente obrigou Eulalia Allard a se casar com ele e que sabia do grande segredo por trás da origem dela. O peso na consciência e nos ombros dele pareciam estar o matando. Há meses, carregava aquela mentira diante de todos. Ele foi tirado de seus pensamentos ao ouvir as vozes de Leon e Trevor, seguido de Antoine, Thomas e Marcollo.

- Parece que o nosso amigo finalmente vai se casar. - Comentou Antoine, com deboche. - Ele mesmo disse que nunca se casaria. - Antoine riu de Christophe.

- Muito engraçado, Antoine. - Rebateu Christophe. - Eu me apaixonei. Algum problema? - Aquilo era uma mentira ou verdade? Àquela altura, nem mesmo Christophe sabia.

- Não, meu amigo. Sabe que estou brincando. Ainda bem que eu nunca fui contaminado com esse vírus da paixão.

Christophe torceu o nariz para o amigo, pois sabia que era uma brincadeira.

- Finalmente, a mulher de sua vida apareceu. - Leon soltou a voz sábia. - Eu fui o primeiro a ser corrompido. Pensei também que nunca me apaixonaria ou amaria alguém.

- Eu resolvi que estava na hora de me estabelecer. Apaixonei-me e simplesmente aconteceu.

- Sei... - Thomas comentou. - Você ama Eulalia, isso sim!

Mais uma mentira? Qual seria o problema de adicionar mais uma mentira sobre as outras? Então, ele respondeu aos amigos.

- Eulalia é uma mulher única. É linda, tem um talento único no ballet é extremamente inteligente. Ela é simplesmente encantadora.

- Assim como as amigas dela. - Observou Trevor, referindo-se à Clarissa.

- Tem razão, Trevor. - Marcollo complementou, fazendo menção à Nìcolla.

Apesar de Nìcolla não ter sido criada no orfanato com as meninas, quando as conheceu, logo se tornaram grandes amigas. As histórias de superação que pelas adversidades que enfrentaram em suas vidas as uniu.

- Já está na hora, Christophe. – Pontuou Marcollo. – Precisamos descer, pois todos estão nos esperando.

- Sim, vamos lá. – Christophe deu o último toque na gravata borboleta, que arrematava o terno azul escuro italiano e bem cortado.

Sob o céu azul e sol forte de Saint-Jean-Cap-Ferrat, o casamento demorou meses para ser preparado e organizado. Na cabeça de Christophe, para despistar possíveis desconfianças e também para dar à Eulalia uma cerimônia que ela merecesse. Com seus amigos atrás de si, ele desceu as escadas de dentro da villa, que pertencia aos seus pais e ficava à beira do mar.

Em seguida, alcançou a parte externa, onde a decoração estava lindíssima, exatamente como Eulalia sonhara, afinal, fora ela que decidiu sobre a maioria dos detalhes da decoração. Os jardins à frente da mansão, onde havia buganvílias cor de vinho e hibiscos azuis, estavam floridos e cheirosos e ao redor, havia ciprestes altos, que conferiam uma sombra agradável aos convidados do casamento.

Como esperado, muitas pessoas haviam comparecido. Amigos pessoais dele, clientes e os familiares. Muitas pessoas estavam na área do baile do casamento, sentados às mesas, que eram decoradas com rosas e flores de cor rosa bebê. As mesas estavam cobertas com toalhas brancas, utensílios de porcelana e taças de cristal muito finas. Penduradas nas cadeiras, havia alguns centímetros de seda fluída, que dava o toque das roupas usadas pelas bailarinas em grandes apresentações. Ainda, havia sapatilhas de ponta espalhadas por vários cantos.