Capítulo 77

14K 691 253
                                    

-Maicon, vamos assistir A Maldição da casa Hill!- falei pegando o controle da mão dele e procurando a série na Netflix. Depois fui na cozinha e peguei o balde de pipoca e o copo de refri.

-Sabia que tu fica gostosa demais com minhas blusas?- falou em um tom malicioso.

-Fico é?- ele assentiu com a cabeça e eu coloquei o refri e o balde da pipoca na mesa de centro.

Fui até ele e me sentei no colo do mesmo dando aquela rebolada de leve, fazendo ele soltar um gemido baixo e senti seu membro começando a ficar duro. Ele levou as mãos até a minha cintura e me pressionou para baixo. Dei mais uma rebolada e me curvei indo até a orelha dele e mordendo a mesma. A mão dele já estava nas minhas coxas tentando tirar a blusa.

-Não vai rolar Maicon. Você já me deixou toda ardida por hoje.- senti ele rir no meu pescoço e pegou nos meus cabelos, levando minha boca até a sua.

-Você estava muito empolgada, gozou 5 vezes e não estava satisfeita!- falou assim que nossas bocas descolaram e eu ri saindo do colo dele e fazendo o mesmo abrir as pernas pra me sentar no meio delas.

Peguei a pipoca e o refri, me sentei no meio das pernas dele e uma mão dele foi para minha cabeça, fazendo um cafuné maravilhoso e a outra foi pra minha cintura, pegando a pipoca de vez em quando.

[...]

-Mel! Mel! Melinda!- me acordei com o Maicon de chamando e me balançando.

-Oi?- perguntei sonolenta e logo o som de ligação do meu celular tocando chegou até meus ouvidos.- Quem é? E que horas são?- me sentei na cama e ele me deu o celular.

-Ruiva Gostosa e quase quatro da madrugada.- logo a preocupação me alcançou e atendi.

-Oi Lara, aconteceu alguma coisa?

-Linda eu preciso de ajuda… não queria te pedir isso,  mas eu já não sei mais o que fazer.- a voz da Lara era desesperada e com certeza ela estava chorando. Meu coração na hora se apertou e a preocupação aumentou.

-O que aconteceu Lara? Pelo amor de Deus!

-Tão ameaçando a Noamy, Melinda! A Noamy.- e começou a chorar mais.- Eu não sei mais o que fazer, nem o Carlos sabe, Linda! Eu… eu… eu sei que isso é pedir muito Melinda, mas a gente não tem outra opção. O Complexo do Chapadão já vem mandado ameaças pra gente já faz cota, ele e o Carlos tem rixa antiga, mas nas últimas semanas ele vem ameaçando a Noh manda fotos dela em lugares totalmente íntimos, Linda! E...

-E vocês querem que eu fale com o Steve, ou melhor, que eu volte.- falei em um suspiro e ela fungou do outro lado lado da linha.

-Eu sei que ai onde você está, você tá tendo uma vida maravilhosa Linda. Mas o Carlos ficou sabendo que eles vão invadir o Morro em duas semanas e o JR não vai poder ajudar porque ele vai tá em uma missão não sei onde. O Medo vai ajudar, mas mesmo assim não é o suficiente. Eu só tenho medo pela Noamy, Melinda, se não fosse por isso eu não estava te ligando muito menos pedindo isso a você.

Foi bastante difícil entender o que ela estava dizendo. O desespero dela era evidente a quilômetros de distância e não seria por menos, estamos falando de uma garota super fofinha de 5 anos e que tem uma vida inteira pela frente.

Olhei para o Maicon e ele me olhava interrogativo. Mordi meu lábio inferior e de repente minhas mãos começaram a tremer só em pensar de ver o Demo pessoalmente novamente.

As imagens dele me agredindo e me humilhando passaram pela minha mente e o medo começou a me corroer.

Eu só tinha duas opções que nenhuma das duas eram completamente boas.

Poderia voltar para o Brasil e falar com o Demo para reatar a aliança já que o Carlos “me trouxe” de volta. Daí provavelmente salvaria a vida de uma criança de 5 anos e viveria em cárcere privado novamente, só Deus sabendo o que eu iria passar lá.

Ou eu poderia ficar aqui e provavelmente carregar a culpa da morte de uma criança.

O pensamento do Demo querer me prender novamente em casa, sem me deixar ir para a faculdade ou passear com os meus filhos veio em minha mente junto com a raiva que ele deve está de mim por ter tirado os filhos dele.

Mas as imagens da Noh sendo morta de várias formas possíveis vinheram também na minha mente e sem que eu percebesse já estava chorando e o Maicon estava me abraçado.

Ainda tinha o Maicon, como eu ia deixar uma pessoa maravilhosa como ele pra trás? E o pior de tudo, ele não pode vir comigo, ele tem uma mãe e uma vó que moram em um asilo e ambas são diagnosticadas com câncer. Ele não pode simplesmente vir comigo.

-Melinda?- a voz da Lara veio vacilante do outro lado da linha.

Respirei fundo e depois suspirei. Dizendo a mim mesma que eu precisava ir para ajudar eles, que era por uma boa causa.

-Amanhã pela noite eu chego aí!- o Maicon arregalou os olhos e ficou me encarando.

-Obrigada Linda, obrigada mesmo! Eu te amo muita Melinda.

-Também te amo minha ruiva, tchau!- falei com a voz o mais firme que conseguia e desliguei o celular jogando ele de lado e afundei minha cabeça no peito do Maicon.

-O que aconteceu, Mel?- perguntou preocupado e me abraçou apertado.

-Eu vou ter que voltar para o Brasil.- ele me soltou na hora e me encarou.

-Como assim voltar para o Brasil, Melinda?

-Uma amiga minha está precisando de ajuda, Maicon. Eu preciso voltar.- ele negou com a cabeça.

-Você não pode voltar pro Brasil Melinda! Você me falou que está aqui para fugir dos seus demônios de lá!- ele falou aumentando o tom de voz e eu me levantei colocando as mãos no rosto e secando o mesmo inutilmente.

-Mas agora se trata da minha amiga e da minha afilhada! Eu tenho que ir Maicon! Ela que ajudou pra caramba, não posso simplesmente negar ajuda a ela!

Ele suspirou e se levantou me abraçando com força.

-Me desculpa pequena.- falou me apertando e deitei minha cabeça no peito dele.- Esse vai ser nosso fim?- perguntou depois de um tempo de silêncio e um nó se transformou na minha garganta.

-Acho que sim.- falei com a voz baixa e meu coração apertado

___________________

Maicon 25 anos

Maicon 25 anos

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
De Patricinha a Patroa - RETIRADAOnde histórias criam vida. Descubra agora