Quem Diria

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Modo Narrador

Alguns meses se passaram, Emma e Regina se falavam por mensagens. Emma nada comentou sobre as palavras que leu gravadas no chaveiro que Regina a entregou. Ela guardou dentro de si seus últimos momentos com Regina Mills e seguiu com seu relacionamento com Wendy; sempre que precisava conversar com alguém, procurava Regina, que sempre que possível atendia ao seu chamado. O amor que Regina sentia pela Srta Swan se tornava a cada dia mais óbvio e a cada dia mais resguardado. Apesar de seguir suas noites em bares e boates, sempre acompanhada todas as noites e solitária todas as manhãs, involuntariamente ela pensava em Emma todos os dias.

POV - Regina

Cerca de um pouco mais de um ano passaram e eu ainda lembrava do rosto de Emma para mim desde a última vez que a vi. Apesar de conversarmos constantemente, eu sentia falta de algumas coisas. Pude observar de longe seu relacionamento com Wendy ficando cada vez mais sério; algumas vezes me perguntava como seria se fossemos eu e ela. Seríamos felizes? Eu gostava de pensar nessa possibilidade... A possibilidade de Emma me amar. Mas acredito que isso não aconteceria. Os negócio iam bem no Brasil, estávamos próximos do dia da inauguração de nossa construtora em solo estrangeiro; já haviam alguns contratos fechados com companhias aéreas. Além disso as mulheres brasileiras eram espetaculares. Tudo isso me distraia muito bem, aliviando meus pensamentos quando ficavam constantemente em Emma Swan. Já era noite e eu estava me arrumando para sair. Eu realmente não gostava de ficar sozinha dentro do apartamento. Após alguns meses, decidi que era mais viável comprar um apartamento por aqui, do que ficar em um hotel. Tudo era extremamente silencioso e eu precisava de distração. Vesti um scarpin vermelho, com um macacão de mangas longas de cor preto. Meus cabelos que antes eram lisos, agora estavam com cachos, rebeldes e livres assim como meu estado de espírito se encontrava. Entrei em um Jeep Compass, esse carro é fabricado no Brasil e eu amei ele por inteiro. Além disso essa noite eu estava com vontade de dirigir. Fui até um clube próximo ao apartamento. As mulheres nesse clube eram deslumbrantes e as dançarinas mais ainda... E bom... Eu amo as dançarinas... Uma em especial ali e hoje eu precisava dela; Scarlett, mais conhecida como Lucy lá. Lábios carnudos, cabelos ruivos, beijados pelo fogo e desgrenhados, olhos azuis, porém mais quentes que o inferno, descendente de franceses. Adentrei o local, onde prontamente, todos já estavam acostumados com a minha presença lá. Eu já havia aprendido muitas palavras em português; Scarlett me ensinava muitas, mas a que eu mais adorava ouvir sair pela sua boca era “amor”. Ela seduzia facilmente qualquer um, quando chegava e os cumprimentava dizendo, oi meu amor entre aquele lindo sorriso. Me sentei e alguns minutos depois, lá vinha ela, trazendo minha garrafa de whisky, junto a um copo curto. Prontamente levantei para recebê-la.

- Boa noite meu amor. - Falou chegando mais perto com seu delicioso andar, despejando um beijo em meus lábios.

Scarlett, ou melhor, alí, Lucy, passou a mão pelo meu rosto e olhou no fundo dos meus olhos. Como eu adorava esse jeito que ela tinha. Ela me olhava tão intensamente que eu poderia dizer, que conseguia ler meus pensamentos.

- Então, como você está? - Pronunciou lentamente para que eu compreendesse, ainda com a mão em meu rosto.

- Bem, e voucê? - Falei arriscando um pouco de português.

Je vais mieux maintenant avec toi. - Ela sussurrou no meu ouvido, me deixando com os lábios entreabertos. (Estou melhor agora com você)

Ne me taquine pas. - Retruquei segurando-a pela cintura. (Não me provoque)

Ela se afastou de mim com uma expressão curiosa, surpresa e satisfeita.

I studied French during this time. Falei satisfeita. (Eu estudei francês durante esse tempo)

Lets see later what else you can talk about. - Me desafiou - (Vamos ver mais tarde o que mais você pode falar)

Scarlett se aproximou de mim e mordeu meu lábio inferior, para em seguida sair em direção ao bar, continuando a fazer seu trabalho.

A noite passou como de costume. Eu ficava encantada em como os brasileiros dançavam tantos ritmos diferentes, em uma única noite; em dado momento, eu podia ver todos dançando algo sensual, loucos de desejo, e em outro, dançando sertanejo, contentes, com uma pequena sobra restante do desejo deixado pela música anterior. Eu já estava na metade da garrafa e não aguentava mais esperar. Eu estava louca para poder sentir Scarlett e ela sabia disso. A noite estava se aproximando do final e eu já me preparava para ir embora, quando ela me puxou para a parte mais afastada da boate.

- Na na ni na não. - Disse e eu não consegui compreender bem sua expressão - Now its time of your French test. - Concluiu me beijando de forma intensa. (Agora é a hora do seu teste de francês)

Passei a mão pela sua nuca, massagiei e a segurei com firmeza. Nossos corpos estavam colados e eu podia sentir seu coração e o calor do seu corpo. A coloquei contra a parede com força, indo distribuir beijos no seu pescoço e percorrer com a boca o lóbulo da sua orelha.

Je veux le goûter toi. - pronunciei com a voz rouca e desci minha mão até o seu sexo. (Eu quero provar você)

Scarlett subiu sua mão até a minha nuca e respondeu com dificuldade enquanto eu massageava seu sexo por cima da roupa, ainda distribuindo beijos.

- Me come. - Eu sabia exatamente o que aquelas palavras significavam.

Fui interrompida pelo meu celular notificando incessantemente algo. Scarlett me olhou com poucos amores quando a soltei para olhar o que era. Logo pude ver que tinha várias mensagens de Emma me chamando incansavelmente e fui ler a última.

• Regina por favor, eu preciso conversar.

 Oque foi? O que aconteceu?

• Não estou bem. Eu e Wendy estamos mal.

• Oque exatamente aconteceu Emms?

• Ela mudou. Ultimamente estamos distantes e brigando. Eu disse que estava com saudades de você... E ela achou ruim.

• É bobagem. Logo vai passar. Fica tranquila, vocês são um lindo casal.

• O problema não é esse...

• Então qual é o problema?

• É que ela tem razão... 

• Como assim?

Emma demorou para responder e eu já estava ficando agoniada. Qualquer possibilidade de  sexo que eu tinha naquela noite, já tinha escorrido por água abaixo, mas não era isso que estava me preocupando no momento. Até que finalmente meu celular vibrou com uma mensagem de Emma.

• Eu não sei como dizer isso, mas a verdade é que eu não sou mais a mesma desde que você foi embora. Eu sinto muito a sua falta e eu queria dizer que eu vi o que tinha dentro do chaveiro que você deixou pra mim. Eu não sabia ou não tinha coragem de dizer naquele dia, mas era verdade. Eu estou apaixonada por você e eu não bebi nada agora. Eu realmente estou apaixonada por você e eu preciso de você de volta. Eu quero você. Eu sinto muito mesmo a sua falta. Volta pra mim.

Ilusões Mortas - SwanQueenOnde histórias criam vida. Descubra agora