Oi, sou eu dnv.
O sinal da última aula invadiu os ouvidos de todos ali dentro daquela universidade, alertando que aqueles que ali estudavam ou trabalhavam finalmente estariam livres de toda aquela pressão, aquela angústia, e a vontade incontrolável de desistir e não voltar nunca mais na próxima semana.
Assim que o som irritante do sinal se calou, deixou espaço para o barulho da chuva densa que caía do lado de fora. Era novembro, fim do último semestre, e finais de aulas chuvosos como aquele já haviam sido esperados pelos prevenidos que abriam seus guarda-chuvas e vestiam sua capas para seguir seus rumos fora dali.
Mas nem todos tinham a cabeça no lugar e se previniam de dias como este.
Jung Hoseok era um deles.
O ômega com cheiro de lírios e girassóis estava puto, xingando todas as possiveis divindades que com toda certeza o odiavam com todas as forças. Nunca tentaria entender o fato de ser tão azarado em toda sua vida, e haviam motivos de sobra para estar tão raivoso ao ponto de rosnar para si mesmo.
O primeiro era o fato de ter esquecido a merda do guarda-chuva e seu casaco verde e quentinho que tanto gostava. Agora estava com frio, molhado dos pés a cabeça, com os sapatos ensopados e com um pouquinho de medo dos trovões fortes.
O segundo era que fora burro o suficiente para esquecer a carteira com o bilhete do ônibus e seu dinheiro em cima da cama, teria que ir à pé de volta para a casa que era um tanto quanto longe de onde estudava. Lhe restava torcer para não molhar seus materiais dentro da mochila e não acabar pegando um resfriado dos bravos.
E o último, mas não menos irritante, era seu pequeno pé no saco que chamava de melhor amigo; o alfa de cabelos azuis e pele clarinha, da personalidade forte e chata, mas do sorriso encantadoramente doce. E esses eram os únicos motivos para estar com raiva do amigo: Sentia sua falta e o outro estava o evitando.
Ele era sua distração, sua fonte de energia, sua força para continuar indo todos os dias para as aulas do curso indesejado escolhido pela vontade do pai. Ele era seu pontinho de felicidade no meio de todo o caos que era sua vida, se sentia bem e feliz ao lado do alfa, mesmo que muitas vezes o mais velho que si preferisse ficar calado por um longo tempo. Ele era calmo, totalmente o contrário de Hoseok, que era agitado e medroso, e isso fazia com que se encaixassem perfeitamente.
Sentia seu peito doer ao lembrar da briga feia que que tivera com seu amigo noites atrás em um pub que costumavam frequentar. Entendia o instinto de proteção que o outro tinha sobre si, mas estava farto de vê-lo brigar com todo alfa que tentasse se aproximar, farto de o ver apanhar ou bater, de ter que limpar e cuidar das marcas de mordidas profundas causadas pelas lutas sem fundamentos que se instalaram na pele branquinha enquanto não conseguia segurar as lágrimas imaginando a dor do amigo. Queria entender e o fazer parar, então achou melhor bater de frente com ele quando um alfa fortão tentou flertar consigo, dizer que podia se defender sozinho e que se quisesse transaria com todos os lobos daquele bar. Só não esperava que a reação alheia fosse tão desastrosa ao ponto de vê-lo se transformar em lobo por completo ali mesmo e ir embora com amarras fincadas no peito de raiva. Afinal, o que havia dito de errado? Só queria um pouco de espaço.
Passou a samana toda sem vê-lo. Nada do alfa no pátio, nada do alfa na sala, nada do alfa nos corredores, nem na quadra de basquete que tanto gostava, nada do alfa em exatamente nenhum lugar que seus olhos percorriam, e isso deixou Hoseok frustrado, irritado e preocupado.
A chuva havia diminuído consideravelmente, mas o caminho a percorrer ainda seria longo. Começou a pensar em se sentar em um ponto de ônibus, esperar por um e pedir uma carona, e estava prestes a realmente fazer isso quando algo fofo e quentinho foi posto sobre seus ombros cobrindo suas costas, automaticamente parou e se virou para trás para ver quem havia posto a jaqueta sobre si, e se deu de cara com o par de olhos negros que tanto sentiu falta.
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November Rain ↭ Yoonseok ◆ ABO
Fanfiction❝ E quando os seus medos passarem E as sombras permanecerem Ah, sim Sei que você poderá me amar Quando não houver mais ninguém a quem culpar Então não se preocupe com a escuridão Ainda podemos encontrar um jeito Pois nada é para sempre Nem mesmo a f...