Capítulo IV - Unidos Para Sempre.

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Enfeites para o fim de semana estavam sendo armados nas ruas do Quartel Francês, iria um evento pequeno de arte e as pessoas já estavam se mobilizando nas ruas curiosas com os decorativos que eram coloridos.

Estava tudo uma bagunça lá embaixo e Elijah olhava tudo curioso de uma varanda em seu lar. Haviam se passado duas semanas desde tudo e agora que tudo estava em paz novamente ele poderia descansar sua cabeça tranquilamente.

Talvez até convidasse Niklaus para o evento de arte que haveria no final de semana, ele sabia do toque do irmão para a coisa. Aquela casa era cheia de telas guardadas e empoeiradas das obras de Klaus.

Talvez fosse uma maneira ótima pra ele se sentir ainda melhor. Desde que voltou, Klaus tem ficado muito tempo com Hope, tentando recuperar o tempo perdido com uma garotinha que já tinha idade para saber de algumas coisas.

Hope estava o aceitando finalmente e se soltando perto dele como pai. Elijah estava feliz por ele, Klaus vivia sorrindo pelos cantos da casa com sua filha.

Só ele sabia o quão essa menina era uma benção e uma salvação para aquela família de pessoas amarguradas e quebradas em certas áreas da vida.

Elijah também tinha mais tempo pra ficar com Heyley e ele aproveitava bem aqueles momentos únicos.

Ainda havia trabalho a se fazer como os vampiros do Marcel, mas quando a notícia se espalhou a maioria tinha ido embora da cidade com medo dos originais retalharem, outros estavam sumidos mas teriam que aparecer para se alimentarem.

Muitos não tinham o anel da luz do dia então a noite seria o ponto de mais movimentação. Elijah havia mandado Kol cuidar dos rastros.

Kol já estava perfeitamente curado e disposto. Foi uma sorte grande Freya ter guardado um pouco da cura.

Batidas foram ouvidas pelo original e ele se virou, era Heyley.

- Apreciando a nova vista?- perguntou ela se aproximando e passando suas mãos ao redor de Elijah.

- Havia me esquecido o quão bela era esta vista daqui.- disse ele com um meio sorriso.

- Klaus foi ver Marcel.- o tom da voz de Heyley mudou para seriedade.

Elijah assentiu e respirou fundo. Não podia impedir o irmão de ver Marcel afinal.

- Entendo. O que ele foi fazer lá?- perguntou.

- Provavelmente tripudiar, ele faz isso muito bem.- falou Heyley.

Elijah riu um pouco e concordou. Ele se vira e deposita um beijo nos lábios de sua amada.

- O que acha de sumirmos por algumas horas?- Elijah sugeriu.

- Se sairmos daqui essa casa pega fogo, literalmente!- Heyley disse com divertimento.- Mas meu quarto está bem convidativo, eu tenho uma surpresa pra você.

Elijah a olhou curioso e surpreso.

- Vai fazer mistério?

- Venha e descubra.- disse e ela sai andando toda sedutora, fazendo Elijah ir em seu encalço imediatamente.

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Klaus entra em seu antigo cativeiro e memórias ruins o invadem, lhe causando um sentimento estranho. Ele entra mais profundamente na prisão e logo ele se depara com Marcel caído no chão agonizando.

Klaus retira a lâmina e Marcel desperta como se tivesse em um pesadelo. Ao ver Klaus ele fecha a cara.

Ele não podia tocar em Klaus, havia uma barreira que impedia isso, criada por Freya, mas Klaus podia tocar nele.

- Hora do café da manhã bela adormecida.- disse ele em tom divertido.- Hoje estou me sentindo tão nostálgico!

- O que você quer, Klaus?- perguntou Marcel pegando a garrafa minúscula de sangue que Klaus lhe deu.

- Vim ver seu sofrimento e me divertir com isso. Ah, vamos lá, você não achou que eu ia deixar barato o que você fez comigo, não é?- perguntou Klaus rindo.

- Veio me torturar?- perguntou.

- Talvez. Quem sabe. A recompensa para traidores é essa, você tem sorte que eu ainda não te matei.- disse Klaus.

Foi a vez de Marcel rir.

- Você não pode. Ninguém pode. Eu sou imortal.- falou Marcel se gabando. Ele se lembrava das vezes que Klaus contava vantagem por ser imortal.- Já você, vive ou morre se eu permitir e você sabe.

A expressão de Klaus era indecifrável.

- Por enquanto.- disse Klaus em relação a Marcel ser imortal e nada lhe matar.- Você vai sofrer pelo o que fez comigo e minha família, você fez eu ficar longe de minha filha e perder os momentos especiais de seu aprendizado. Não vi a primeira fala dela, o primeiro passo, a primeira lição dela. Você vai pagar por isso, eu lhe prometo.

Klaus finca a lâmina em Marcel novamente e ele cai num baque seco e bruto no chão. O híbrido então se retira dali.

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Na sala Rebekah e Kol desfrutavam do conforto, Kol mexia em seu celular enquanto que Rebekah lia uma revista feminina, olhando as novidades.

Eles estavam quietos quando então um som constrangedor é captado pela audição de ambos. Os irmãos se olham sem acreditar e Kol ri.

- Ouviu isso né?- perguntou Kol, meio que óbvio.

- Elijah e seu gesto amoroso com Heyley? Impossível não ouvir.- disse a loira.- Não tinha lugar mais apropriado não?

Kol dá de ombros e Rebekah revira os olhos.

- Imagina a cara de tacho do elegante Elijah. Impagável.- disse Kol largando o celular de lado e cruzando os braços.

Rebekah fecha a revista e encara seu irmão.

- Você não teria coragem.- disse ela.

Kol sorriu e disse:

- Mil anos e você ainda dúvida que não faço nada?

Rebekah abafou um riso.

- Você não presta!- disse fingindo indignação.

- Nós dois não prestamos.- disse.

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Cemitério de Nova Orleans

- É insuportável conviver com isso novamente!- disse uma mulher com longos cabelos negros como a noite e profundos olhos azuis como o oceano, trajada em um lindo vestido branco.

Uma brisa fresca invade o cemitério e faz seus cabelos dançarem ao vento.

- Temos nossa carta na manga ainda, com ele os Mikaelson's não terão chances. Ele sabe lidar com eles.- falou uma outra mulher, mais velha, mais sábia.

- Marcel foi derrotado por eles, mesmo com o soro! Essa família é indestrutível, infelizmente.- disse a primeira mulher.

- Você é jovem e ainda irá aprender isso.- falou a mais velha.

- O que?- perguntou

- Que nada é pra sempre, nem mesmo os Mikaelson's. Sua imortalidade chegou ao fim após eras.- disse a mais velha e ela encara a arma que iria matar os originais.

Ou pelo menos as bruxas do Quartel Francês esperavam e tinham esperanças de ser assim.

The Originals- Recomeço (Reescrevendo)Onde histórias criam vida. Descubra agora