A Corrida Molhada

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Através da janela,  vê-se  a  chuva que veio de longe,  mas  perdura nesse dia. Quem  nunca  brincou  de  corrida  de gotas  no  vidro?  Aqueles  que apenas olham  e  o  orgulho  sobressai.  Sim, a criança  logo  atrás  apenas observa as outras  três  postas sob a janela, quase colando os rostos.

O mais velho começara a brincadeira, quatro gotas descem, bem devagar na verdade.     Uma   gota   ficara   com   o destino,   ninguém   ganha.   As  outras duas      crianças      escolheram     com facilidade suas corredoras, até porque abrangia   opções   –   Apesar   da  mais rebelde   ainda   querer,   lá  no  fundo, mudar a escolha só pelo caos.

É  dado  a  largada, a "sem torcedor" já se  adianta  numa queda rápida, quase um   tele  transporte,  mas  ali  para.  O mais  tímido  e quieto dos três tem sua corredora   descendo   continuamente, essa não quer brigar com a gravidade, é submissa a ela. A "rebelde" e a "mais
velha"  andam  juntas,  como  um belo casal que atrapalha o caminho na rua –    mas    quem    julga    o    amor   né? Qualquer  ator  do  realismo provável- mente, ou solteiro.

A    corrida    não    para,    a    bagunça começara,  as  gotas  desviam  de  suas linhas      retas          e,      furiosamente, deslocam-se  para  os  lados.  O  garoto tímido    solta    um   temor   difícil   de entender  –  provavelmente  pela  falta de coordenação na fala, jamais diriam que   poderia   se   tornar  um  locutor, nem  se  tornara  mesmo  –  ele  teme o atravessar  das  gotas,  o  que acabaria com   aqueles  duas candidatas.  Ainda não!  Quase  dando mãos de tão perto, a  água aceitara a competição e não se rendera  tão  rápido.  Além  da metade do    caminho,    o    ângulo    do   vidro começa  a  atrapalhar  a velocidade. O garoto  no  banco  de  trás começa a se animar   com  a  competição,  tenta  se esquivar das cabeças para ver.

Uma  derrapada  inesperada – maldito vento   –  juntara  duas  gotas,  o  'mais velho'   e   o   'rebelde',   agora  fora  da competição.   Apenas  um  competidor humano  –  mini  –  perdura,  contra  a própria   vida   e   sorte,   ele  compete. Todos   se  inclinam  para  o  momento derradeiro.   Como  não  outra  competição  interessante,  o  pior acontece. O garoto tímido batera na alavanca logo atrás   do   volante,   o   limpa  vidros  – como  chamam os pequenos – acabara com a competição. Agora é apenas um arco  entre  o  molhado e o seco, mas o tempo de espera passará e o adulto ali já  estava.  Até  a  próxima  parada,  as competidoras  voltaram  ao  céu –  e  a seus     bancos    --    para    um    futuro segundo round.

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⏰ Última atualização: Mar 12, 2019 ⏰

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