Gosto De Você

Eleições 2014

Márcio e Alckmin estavam juntos na apuração de votos, por um instante ficaram sozinhos, enquanto suas esposas conversavam. Estavam na casa de Geraldo.

— Sabe, Márcio, nossa vitória já é certa. O povo de São Paulo é louco pelo PSDB. A última vez que tivemos uma boa disputa ao governo de São Paulo, foi em 98, e eu era o vice do Mário Covas, difícilmente teremos outra boa disputa esse ano. – Alckmin disse levando sua xícara de café a boca.

— Eu agradeço sua confiança em mim, Geraldo. – Márcio dizia.

— Você foi um ótimo secretário, será ótimo como meu vice, e saberá continuar meu trabalho.

França tinha muita admiração por Alckmin, seu coração batia mais forte ao estar ao lado dele, e agora seriam bem mais próximos.

Quando se encerrou a apuração de São Paulo, e os ânimos se afloraram, França deu um abraço em Alckmin, se sentiram tão conectados, seus olhos se encontraram fortalecendo a conexão entre os dois, e então o beijo que a muito ambos queriam. E era um forte desejo que logo foi contido quando se lembraram de suas esposas que estavam próximas comemorando a vitória para o governo de São Paulo.

— Perdão governador Alckmin. – Disse França um pouco nervoso.

— Para que a formalidade? Somos amigos há mais de três anos já, e depois do que aconteceu aqui... Márcio, o que sente por mim?

— Muita admiração, respeito, gratidão... – França tinha o coração acelerado.

— Então por que correspondeu ao meu beijo?

— Eu não sei...

— Márcio, quando te convidei pra ser secretário do Turismo, eu confiava no seu talento, e estava certo que você fosse ligeiro em certas coisas. Eu passei a te reparar de 2011 para cá, você é um grande homem, por isso te escolhi para ser meu sucessor. Eu gosto de você, Márcio, no entanto, preciso saber se sente o mesmo?

O coração de Márcio França batia tão forte a ponto de saltar do peito, foi aí que ele percebeu que gostava também de Alckmin. Márcio sempre foi sensato, e sua grande admiração por Alckmin o cegou por um momento.

— É claro que gosto. Mas somos casados, não seria justo com elas.

— Tem razão! Me adimira seu jeito correto, Márcio, por isso te amo. – Alckmin beijou França que correspondeu brevemente, pois o afastou.

— A casa está cheia, se alguém nos pega...

— Maria Lúcia já sabe que gosto de você, só falta nossos filhos. – Alckmin respondeu.

— Quero ser correto, Geraldo. Quando eu falar com a minha esposa, voltamos a falar sobre isso. Por favor. – França pediu e se afastou de Alckmin.

Alckmin sorriu. Entendia seu amado, ele estava certo. O mais importante daquele momento, era que os dois tinham o mesmo sentimento, e à partir dali, seriam correspondidos.

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Essa história nasceu en novembro do ano passado, e só agora dei a luz a ela, porque me cansei de deixá-la escondida, por isso aqui está. Espero que tenham gostado.