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Byun Baekhyun era um homem um tanto excêntrico, talvez por ser filho do Ministro do Comércio. Sempre teve tudo aos seus pés desde o nascimento, um verdadeiro burguês mimado 一 e safado, diga-se de passagem 一, como era chamado pelos vários jornalistas que amavam ter o rosto do, agora ruivo, em suas manchetes. Baekhyun fazia o que queria, e nunca sofria as consequências, já que as broncas do pai não eram nada pra ele. Ia a festas todos os dias, saia com incontáveis mulheres, e ainda mais homens 一 fato que o pai odiava 一, comprava carros luxuosos, usava drogas. Basicamente, alguém de "muito futuro".

Kim Jongin era o completo oposto. Quatro anos mais novo que Baekhyun, que tinha atualmente 26 anos, mas se querem saber, era 10 vezes mais adulto. Jongin sempre foi o garoto exemplar, representante da turma. Era um líder 一 principalmente porque o pai o treinava para ser o futuro presidente do país 一, não saía, não bebia, não desobedecia os pais, e não tinha muitos relacionamentos, para não dizer nenhum. Na verdade Jongin odiava quem era, apesar de nunca admitir para si mesmo, mas bem lá no fundo, um pouco mais embaixo da sua homossexualidade escondida e reprimida, o Kim morria de medo de nunca conseguir ser feliz.

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— Sai de mim, seu viadinho de merda!! 一 O homem empurrou um Baekhyun bêbado que o tentava beijar, fazendo o Byun ir de encontro ao chão gelado do lado de fora da balada na qual tinha passado mais de três horas seguidas, embora quisesse não ter saído nunca.

— O que cê falou, babaca? SABE QUEM EU SOU? 一Baekhyun gritou com os olhos em chamas e o dedo apontado na cara do homem.

— Senhor, pare com isso. Vamos, deixar para lá! – Pediu o segurança do Byun, o puxando pra dentro do carro.

Baekhyun entrou cambaleando no carro sem parar de resmungar um segundo. Não acreditava na petulância daquele bosta em tratá-lo daquela maneira. Era Byun Baekhyun, porra!

— Mas, Chanyeol… ele foi homofóbico comigo! – Gritou pausadamente, dando ênfase nas últimas palavras.

— Você fala como se fosse a primeira vez não é, Baek? 一 Retrucou pacientemente.

Passavam por isso quase todos os dias: ora Baekhyun reclamava de homofobia e se metia em mais uma briga, ora protestava sobre algum dos “foras” que recebeu, mesmo que namorasse, porque achava impossível que alguém recusasse um homem tão lindo quanto si.

Chanyeol sentia-se uma divindade por suportar Baekhyun seis dias por semana há exatamente doze anos, mas era seu melhor amigo. Seus esforços valiam a pena. Ainda lembrava bem do dia que conhecera o Byun, quando eram apenas pirralhos sonhadores. Recordava-se claramente da maneira como Baekhyun era extrovertido, um tímido, um retraído. Para incluí-lo em seu círculo social, foi necessário muito esforço. Também lembrava o quão estranho era ver alguém tão jovem ser tão triste e ter aquele ar melancólico. Chanyeol nunca havia conhecido uma criança assim, por isso se interessou e se esforçou ainda mais. Lembrava de quão orgulhoso ficou de si mesmo quando conseguiu arrancar o primeiro sorriso do menor. Foi o sorriso mais lindo que já vira, tinha absoluta certeza disso. Chanyeol sempre pensava que era uma pena ser hétero, porque Baekhyun era sinônimo de perfeição.

Chanyeol gostava de recordar das suas longas conversas com o menor na casa da árvore, a qual passava a maior parte do tempo na companhia dele. Baekhyun era um sonhador nato. Ele falava de como gostaria de voar e ver as estrelas de perto, contava seus sonhos estranhos. Um deles em que uma bailarina dançava no espaço. Sim, o Byun era fascinado pelos astros, por isso Chanyeol se virou ao máximo para construir o melhor telescópio que pudesse para o amigo, é claro que Baekhyun poderia apenas pedir para os pais e ganharia na hora, mas o Park sabia que não teria real valor, então passou dias trabalhando para presenteá-lo no aniversário de 16 anos. Foi a primeira vez que viu o Byun chorar de felicidade.

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⏰ Última atualização: Mar 14, 2019 ⏰

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