Let me

Cap 1.

P.O.V JUNGKOOK

Odeio verão. O feno fica quente e os animais com sede, precisando de mais atenção. Acabou de começar a pior temporada do ano, e pelo visto vai ser longa...

O dia tinha começado bem, acordei e fui tirar o leite das vacas logo de manhã cedo, uma das coisas que eu mais amava fazer na fazenda, e uma das que eu mais tinha habilidade também.

Minha vida era assim, eu era um dos únicos que cuidavam das coisas por aqui. Trabalhava faziam 7 meses, nada melhor que ter seu próprio salário, já que a carreira de cantor country não ajudava muito.

-Jungoo! -escutei a menininha de 1 metro e trinta gritar.

Olhei para trás e a vi, correndo em minha direção no sol quente.

-Oi minha linda, como vai? -Levantei do banquinho enxugando as mãos para abraçá-la.

-Eu to muito bem!! Que horas que você vai poder brincar comigo hoje?

-Ela diz pulando em meu colo com seus lindos olhinhos castanhos implorando por atenção.

-Minju... eu já disse que o verão é muito difícil pra mim, tenho muitas coisas pra fazer e pra cuidar...

-Ah, mas...

-Eu prometo que tentarei, ok?

-Ok... -Assente descendo dos meus braços.

Terminei meu serviço e fui colocar o leite numa caneca para os meus patrões, eles sempre adoram o leite fresquinho todas as manhãs, incluindo Kim Minju, 7 anos de idade, a patroa mais exigente da casa, havia muitos bezerros na fazenda, mas nenhum se comparava á ela.

Depois de colocar o leite na cozinha, fui em direção aos porcos, precisava regar a lama já seca, e trocar a água dos mesmos, embora fizesse isso 2 vezes por dia, era necessário, haviam muitos deles. Troquei os containers de água, calcei minhas botas de borracha e enchi os baldes de água para jogar na terra, fui espalhando com os pés para formar a lama, mas o meu pé esquero havia ficado preso em algo debaixo daquilo tudo, acabei caindo de cara na lama onde os porcos faziam suas necessidades.

-Mas que m...! Levantei todo enlamado, parecendo os porcos, fedendo...

-Jungoo??? -Minju vem correndo olhando aquela cena toda.

-HAHAHAHAHA PAPAI O JUNGOO TA IMITANDO OS PORCOS!

-Cala a boca Minju.

-Posso fazer igual?

-Ta doida? Eu caí.

-É engraçado...

-Para de rir! -Falo deixando o lugar e indo em direção ao casarão para me limpar.

Me sujar é algo comum pra mim, ainda mais aqui, só que não é todos os dias que eu caio na lama.
Entrei com a esperança de achar papéis toalha, porém nada, fui em busca de alguma roupa, talvez tenha alguma outra perdida por aqui que eu possa usar... Procurei em todos os lugares, mas nada, o último lugar que me faltava era a sala do meu patrão, mas ele odiava que alguém entrasse nela, talvez seja por causa das financias da fazenda, ou os millhares de troféus ganhos em competições de cavalos e de hipismo nas prateleiras, ninguém nunca saberá.

Olhei para os lados, ninguém, nem sinal de Minju, então resolvi entrar na sala e procurar. A sala não era grande, tudo feito de madeira e uma escrivaninha enorme no meio dela, cheia de papéis ocupando quase todo o espaço. Enquanto procurava por alguma roupa, sem querer esbarro na prateleira mais baixa deixando cair um troféu pequeno, porém pesado, que faz um barulho estrondoso, meu dia não pode piorar...

Finalmente acho uma camiseta e uma calça jeans limpa, que estavam dentro de um armário, porém, quando saio da sala, me esbarro em alguma coisa... alguma coisa não, alguém.

P.O.V TAEHYUNG

Acordei sentindo um mal- estar da noite anterior, devo ter exagerado na bebida ou algo assim, não me lembro direito, ou talvez seja as três garotas que levei pra casa ontem, porém não acordei com elas.
Levantei, me fiz um café com ovos, e me sentei no balcão para comer, nem sinal do meu pai. Resolvei checar o celular parar saber de alguma coisa.

Pai: Filho, se precisar de alguma coisa eu estarei na fazenda, venha pra cá também, já está de férias e você adora cavalgar no verão. Abraço.

Meu pai estava certo, eu adorava andar á cavalo nas férias de verão, mas as coisas andavam chatas, sem vida, não sei se depois do meu trauma ficou tudo mais frio, não tinha mais motivação para fazer nada, mas resolvi ir, fazia tempo que não passava alguns dias na fazenda e afinal meu cavalo me entendia mais do que qualquer pessoa.