único

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Ah, que festa chata!

Hyunjin mal havia chegado no salão de festas e já queria ir embora. Mas isso já era esperado, não é todo adolescente de 17 anos que gosta de uma festa de 3 anos da prima — que mesmo nem sabendo falar direito, já era irritante.

Por sorte tinha seu celular, carregador e tomadas próximas à mesa onde estava, mas por azar sua mãe havia pegado o celular de sua mão dizendo que "ele precisava conversar com a família".

Oras, se quisesse conversar com a família já estava conversando!

Pelo menos tinha comida. Os salgadinhos eram muito gostosos, o garçom que carregava seu refrigerante favorito passava a cada minuto, e é claro, tinha pipoca.

Se existia alguém que amasse pipoca mais que Hwang Hyunjin, ninguém conhecia. Doce, salgada, com queijo, com manteiga, com chocolate, com leite condensado, com o que fosse, Hyunjin amava pipoca de qualquer jeito em qualquer ocasião. Amava tanto pipoca que de cinco em cinco minutos ia até a barraquinha pegar mais um saquinho.

Lá pela sexta vez, passou a observar o pipoqueiro com mais atenção. Parecia ter a sua idade ou pouco tempo mais novo, era fofo e muito sorridente, e também era mais baixo que si. Sempre lhe dava a pipoca com um sorriso radiante, e o pipoqueiro começou a puxar assunto mais ou menos na oitava vez.

— Você gosta mesmo de pipoca, não é? — perguntou com um ar de riso, e Hyunjin sorriu.

— Você não tem nem ideia. — o pipoqueiro acabou rindo — Hyunjin, prazer.

— Jeongin, o prazer é todo meu. Acho que você bateu o recorde, oito sacos de pipoca em menos de uma hora.

— Você contou?

— Comecei a reparar na terceira vez. — sorriu para o mais alto — Está gostando do aniversário?

— Nem um pouco.

— Ah, mas está legal. Quero dizer, pelo que eu posso ver.

— Fica menos divertido quando você tem que ficar perto de parentes que você não gosta.

— Ah, entendo. — Jeongin sorriu — Pode ficar aqui conversando comigo, se quiser.

Por uma razão desconhecida, o coração de Hyunjin bateu um pouco mais forte.

— Eu adoraria. — se apoiou na parede ao lado da barraquinha, e colocou as mãos no bolso — O que quer conversar?

— Hmm... tem quantos anos?

— 17, e você?

— Me ganhou, tenho 16.

— Awn, que neném. — zombou, apertando de leve a bochecha esquerda de Jeongin, que deu um tapa em sua mão.

— Menos, Hyunjin.

— Tem algum hobby?

— Eu vou em karaokês com meus amigos às vezes, gosto de cantar trot.

— Nossa, que legal. — disse com certo entusiasmo — Será que um dia poderei te ouvir cantar? — zombou mais uma vez, e Jeongin riu.

— Um dia, quem sabe. — deu uma piscadinha de um olho só — E você, o que gosta de fazer?

— Dançar, ver séries, comer pipoca... várias coisas.

— Você me vê cantando e eu te vejo dançando. — simultaneamente, sorriram um para o outro.

— Ok, pode ser.

Passaram toda a festa — aproximadamente três horas — conversando, sobre o que gostavam, contaram histórias engraçadas, reclamaram da vida, e é óbvio, comeram muita pipoca.

Mas quando deu a hora, a mãe de Hyunjin o chamou na barraquinha. Teve que se despedir de Jeongin, e estava quase fora do local da festa, quando teve uma ideia.

Pegou o celular com sua mãe, disse que já voltava, e andou rapidamente até a barraquinha.

— Ei, me passa o seu número. — disse para Jeongin — Gostei de conversar com você, aí a gente marca de sair algum dia, sei lá.

Nenhum dos dois percebeu, mas os olhinhos de ambos brilharam.

— Anota aí. — o garoto disse calmamente cada dígito para Hyunjin, que assim que terminou de salvar o contato, bloqueou o celular e deu um último abraço em Jeongin, dando um "tchau" e ia voltar para poder ir para casa, mas Jeongin segurou seu pulso e lhe deu um último saco de pipoca — Pra fechar a noite.

Hyunjin sorriu, finalmente voltando para onde sua mãe estava, e então seguiram o caminho para casa.

— Gostou bastante da pipoca, né Hyunjin? — a mãe perguntou com um ar de riso, e Hyunjin afirmou sorridente.

Do pipoqueiro também.

pipoca • hyunin oneshotOnde histórias criam vida. Descubra agora