Capítulo 2 - Emergência: de onde ele veio?

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Carol, pilotando sua motocicleta, carregava Milla na garupa, com Lilac usando de sua velocidade acompanhando-as na fuga. A felina, que a todo instante olhava para trás, diz:

- Pronto, já ficaram pra trás. Estamos seguras agora.

Mas mesmo com a situação mais tranquila, Lilac desviava o olhar, incomodada com aquela pessoa que estava fugindo. A dragão, fitando Carol, diz:

- Você sabe que isso não é o certo, não?

- O que? Se salvar?

- Não. Não ajudar quem está com problemas.

- Ah caraca… Tu tá falando daquela pessoa lá, né? Mas Lilac, ele nem pediu ajuda nem nada e vá saber quem é…

- Mas é por isso mesmo, Carol.

Lilac então muda de direção, seguindo para onde aquela pessoa correu enquanto estava fugindo. Carol, balançando a cabeça, desaprovando a decisão da amiga, manobra sua moto, ficando a seu lado, indagando:

- Porquê, Lilac? Porquê?

- Porque é o certo a se fazer. E você sabe disso.

- Por isso que eu terei de te acompanhar. E mais uma vez vou ter que ir na ideia que "amiga é pra esses coisas"...

Milla, que estava quieta só observando o diálogo das duas, dá sua opinião:

- Lilac, e se ele for um inimigo? Essas criaturas não parecem ter consciência. Ele pode estar atrás dos pedaços da pedra do reino também.

Carol, olhando para Milla, impressionada com as ideias da canina, fiz:

- Tá vendo, Lilac? Não sou a única que pensa em tudo antes de agir.

Lilac estava pensativa, mesmo ouvindo o que Milla tinha acabado de dizer. De fato, era uma atitude arriscada, já que por ter agido sem pensar, quase comprometeu a batalha contra Brevon. Mas a dragão estava decidida, embora reconhecesse que Milla estava certa em desconfiar.

- *Sim, Milla está certa. Mas eu só que estou fazendo o certo. Eu não posso deixar de ajudar quem precisa, mesmo que seja alguém com atitudes suspeitas. Eu devo dar a chance da dúvida.*

Elas então adentram novamente a floresta, com o intuito de resgatar a pessoa. O caminho que tomaram era ainda mais escuro, com altas árvores que tampavam a luz da lua. Carol ligou os faróis de sua moto, o que ajudou a seguem caminho. Milla, estranhando algo, diz:

- Não deveria ter várias daquelas criaturas aqui? Tinha tanta que já deveríamos ter visto.

Carol logo se manifesta, guiando sua moto mais devagar:

- Ah não fica chamando, não. Tá bom assim.

- Mas isso é muito estranho. E eu não sinto cheio delas também.

- Sério? Tu não tá sentindo nada?

- Não.

- Lilac, o que acha disso?

Lilac seguia procurando pela pessoa, quase ignorando o que as duas diziam. Carol, percebendo isso, diz:

- Aí, a gente tá faltando com você, tá?

Milla, olhando para Lilac, diz:

- Lilac, você me ouviu?

Ela, ainda compenetrada na procura, fiz a Milla:

- Sim, Milla. Eu ouvi.

- E qual sua opinião?

- Devemos encontrá-lo.

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