Prólogo

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15 de dezembro de 1860
10 anos atrás.
- você vai querer adotar uma criança, senhor Whitehead?
- sim, senhor. Minha mulher não pode ter filhos e faleceu a alguns anos.
- está tudo certo em seus papéis de adoção. Agora você só precisará  escolher seu primogênito.
Os senhores seguiram até o pavilhão da igreja, onde as crianças estavam em pé, com esperança em seus olhos.
Whitehead olha uma por uma, sua vontade era de adotar todas, mas não poderia pois era pobre demais para isso.
Até que ele olhou para uma garotinha mais atrás das crianças. Ela brincava com uma boneca feita de panos e deveria ter uns 4 anos.
Ela tinha cabelos castanhos e belíssimos e olhos verdes amarelados.
Ele caminhou até a menina e se abaixou.
- qual é o seu nome?
- eu não tenho nome... - A menina fala com um sorriso verdadeiramente belo e que expressava que ela não se importava com o fato de não ter um nome.
- o que está fazendo?
- estou tomando chá com a madame Elisabete, minha amiga.
- não está triste por estar aqui?
- triste? Eu amo mamãe e papai e sei que eles irão voltar e vamos ser felizes para sempre.
Whitehead ficou muito impressionado e com pena.
A pobre menina tinha um coração tão inocente e cheio de bondade que enxergava tal ato horrível dos pais como apenas férias de verão e que voltariam para buscá-la.
Whitehead não fazias ideia do por que seus pais a abandonaram.
- essa pequena... Irei adotá-la.
- senhor, quer mesmo adotar essa menina? Ela é uma enorme encrenqueira, ingênua e sempre está lendo livros sem autorização a qual surrupia da vossa biblioteca real.
- senhor, irei adotar essa criança, ela é apenas ... Especial.
Whitehead se abaixa novamente e pega a mão da pequena criança.
- pequena, quer ir para a nossa nova casa? A madame Elisabete poderá vir junto com nós.
A pequena fica muito confusa, mas assente pegando em sua mão e sorrindo.
- qual é seu nome senhor?
- meu nome? Chamo-me Edmundo, mas pode me chamar de papai, se quiser.
- papai... Você é meu papai?
- sim, eu sou seu papai.
A doce menina começa a lacrimejar de emoção.
Ao ler seu histórico percebi que ela não conhecia seu pai e nem sua mãe e que foi criada por sua avó, e que foi ela que a largou no orfanato e disse que seus pais voltariam para buscá-la. Mas a avó da menina era uma dama nobre e  sabia que seus pais haviam morrido e não queria mais criar uma bastarda da relação dos dois.
Whitehead a pega e coloca seus pés na volta de seu pescoço.
- segure firme, pequena.
A pequena criança coloca suas mãozinhas em cima da cabeça dele e se segura para não cair.
Edmundo Whitehead não era da nobreza, mas também não era pobre, era apenas um relojoeiro e artesão da vila que sonhava em ter um filho com a esposa que ele tanto amava.
Mas ela não conseguiu ter sua prole em seu ventre e faleceu de uma terrível doença.
Quando Edmundo olhou nos olhos verdes da pequena menina, ele viu uma criança que merecia ser amada e que merecia ser cuidada.
(...)
2 semanas depois
- papai... Essa era a mamãe?
A doce menina aponta para um quadro que ele havia pintado de sua esposa quando ainda viva.
- sim, essa era sua mamãe.
- mamãe... Eu te amo! Assim como amo papai, sei que amo muito você!
- estou com saudades, Arisbella. Queria que estivesse aqui para conhecer nossa pequena Bella.
- Bella? Esse é...
A criança fica confusa e surpresa, pois nunca haviam a chamado por um nome.
- esse será seu nome, pequena. Bella.
Edmundo se abaixa e pega nos ombros da garotinha.
A menina abre um enorme sorriso e lhe abraça.
- te amo, papai.
Edmundo abraça a pequena garotinha e sem perceber lágrimas escorrem de seu rosto.

A Bella & a Fera - A Condenação Do PríncipeOnde histórias criam vida. Descubra agora