• Capítulo XXV •

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"Para se reconstruir as vezes temos que terminar de quebrar o que ainda estava intacto, sem medo, sem receio, sem hesitar, porque aí com os nossos cacos fazemos arte! Nos tornamos inteiros novamente, não o que éramos

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"Para se reconstruir as vezes temos que terminar de quebrar o que ainda estava intacto, sem medo, sem receio, sem hesitar, porque aí com os nossos cacos fazemos arte! Nos tornamos inteiros novamente, não o que éramos... mas algo muito melhor!"

- Ana Castro

Malu não se soltava inteiramente quando estava em seus piores dias, era como estar boiando em um enorme oceano de incertezas e possibilidades, assim vive o ansioso. Como naqueles momentos dentro de uma piscina, em que parece que o mundo para, e você se pergunta vez ou outra: onde eu errei, como eu saio disso, eu quero sair?

A maioria de nós, seres humanos, passamos por um dia desses, e não seria diferente para a rosada, desde que acordou naquela manhã se sentia um tanto inerte, e nesses momentos ela só mostrava o que achava que os outros queriam ver, afinal não queria preocupar ninguém. Mas Kalissa tinha percebido esse olhar perdido em sua irmã ao abrir a porta do carro, assim como Cassandra, que pensa ao observa- lá.

"Minha menina, espero que você se dê bem nesse lugar."

Alisa o rosto de Maria Luiza, que sorri genuinamente com o carinho que recebe da sogra antes dela sair do carro, ao ser chamada por Babi do lado de fora que veio no banco do carona, que já estava ajudando Kalissa a pegar a cadeira de rodas para Malu, pois a mesma não poderia andar nos próximos dias, e por isso teria que usa- lá, uma grande ironia do destino, Jaque seu marido ainda na noite anterior estava usando ela.

- Está pronta, irmã?

Kalissa pergunta para a irmã assim que a mesma entrega o bebê que dormia para Bárbara antes de se sentar na cadeira. Malu apenas sentiu a falta repentina de sua filha em seus braços e olhou para a menina com sua tia, sem se dar conta da pergunta de sua irmã mais velha. Quando percebeu que estava sendo observada pela mais velha sorriu para ela.

- Estou bem, Kally.

Fala ao tocar a mão da irmã em seu ombro, e a mesma pensa ao empurrar a cadeira em direção dos empregados que já falavam com Cassandra.

"Pois não parece. Você claramente está mascarando o que realmente sente. E eu sinto muito por achar que precisa fazer isso, irmã."

Babi ia ao seu lado com a bebê e troca olhares preocupados com Kalissa sobre Malu. Ela sabia nem o que era estar naqueles dias onde somente sentia pena de sim mesma, se sentia fraca até mesmo para lutar por si mesma. A loira sabe como ninguém o que é ter que sorrir quando tudo o que quer fazer é: Desabar.

- Ela vai adorar correr por tudo aqui, vai crescer brincando por toda mansão. - Babi fala tocando o rosto da sobrinha que dormia tranquila em seu colo, que sorri ainda dormindo fazendo sua tia derreter de amores, e ao perceber o olhar da rosada em si, fala seguindo ao seu lado. - Não precisa se esforçar muito, nem fingir que está tudo bem, estaremos com você o tempo todo. Então diga quando algo estiver errado, está bem?

A Felicidade em Meio a SolidãoOnde histórias criam vida. Descubra agora