Série Carpe Diem Livro 2 Tentando não amar meu chefe

Passos de bebê.

Estou na sala do psicólogo e vou me sentando.

- Bom dia senhor Eduard

- Bom dia.

- O que te trás aqui.

- Para falar a verdade, nem eu faço ideia, vim porque minha cunhada insistiu.

- Sei Kath é pode ser bem persistente, mais porque ela acha que você precisa de um profissional.

- Porque eu parei de viver, eu perdi o ânimo pela vida.

- Mas, o que aconteceu para chegar a esse ponto. - começo a chorar lembrando, e logo as cenas que eu tanto odeio vem na minha mente.
o doutor se levanta pega um copo de água e me entrega.

- Vai no seu tempo. - depois de alguns segundos começo a falar.

- A cinco meses atrás eu e minha irmã fomos sequestrados e um dos sequestradores violentou minha irmã na minha frente, eles me obrigaram assistir foi o pior dia da minha vida, o corpo dela foi invadido com tamanha brutalidade, que ela teve hemorragia, ver minha irmã sofrer despedaçou meu coração, parece que arrancaram minha alma.

- Entendo, você passou por um grande trauma, e depois desse ocorrido como reagiu.

- Eu me distanciei da minha família, não consegui mais me relacionar com minha esposa , porque toda vez que me aproximava dela a cena vinha na minha mente, comecei a dormir no quarto de hóspedes, não dava atenção para meus filhos, nesses cinco meses não conseguir ver minha irmã depois do que aconteceu, minha esposa saiu de casa a um mês e eu não percebi e eu não me lembrei do aniversário do meu filho de um ano, minha vida é ficar no escritório bebendo o dia todo.

- Entendo, essa maneira que está vivendo foi a maneira que sua mente traumática encontrou para se proteger.

- Como assim.

- É como que seu subconsciente te falasse se você não ter relações com sua esposa se você não manter contato com sua irmã se você não afastar de todos, você na vai lembrar do que tanto te traumatiza, mas esse caminho que está seguindo, não vai te levar para o esquecimento.

- Já ouviu no ditado mente vazia oficina do diabo, pois é, se você se afasta de tudo e de todos a única coisa que vai acontecer é que você vai magoar sua família, você vai entrar em uma depressão terrível, e você não vai esquecer o que ocorreu com sua irmã, pelo contrário isso na sua mente vai ser cada vez pior.

- Porque diz isso.

- Porque se isolar ou fugir não vai fazer seu problema ser menor ou fazê-lo desaparecer, pelo contrário você tem que viver sua vida, você não vai esquecer porque isso vai sempre está na sua mente e igual quando você perde alguém você não esquece essa pessoa pode passar o tempo que for, no começo vai ser difícil, mas com o tempo você aprender a viver com a perda, a mesma coisa o que aconteceu com você, você não irá esquecer mais com um tempo você vai saber lidar com essa dor com essas lembranças, mas pra isso você precisa aceitar o que aconteceu com você, porque infelizmente você não pode mudar o percurso que sua vida tomou, você não pode se isolar do mundo, pelo contrário permita viver, as pessoas que estão ao seu lado também estão  sofrendo,  porque elas te amam, e quem te ama também sofre, então suar dor respinga nas pessoas que te amam.

- Mas não é fácil, eu não sei o que fazer.

- Vamos com passos de bebê, bom Eduard sua sessão encerrou, podemos marcar para daqui uma semana esse mesmo horário.

- Ok Doutor, pode ser.

- Até aproxima, e lembre-se passos de bebê. - com isso saio do escritório.
Erick e Kath estão na Recepção me aguardando.