2 Alguns finais são novos começos

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Entro em casa, e logo me deparo com uma lareira, formosa, rústica, a casa era tão grande que, quase me perco. Subo a escada que levava ao segundo andar, haviam quatro quartos, eles eram de frente um para o outro, e em todos eles havia banheiros. Senti uma sensação de conforto.-Lembrei da Vovó ela amava uma casa grande.
    Quando me dei conta estava em um quarto que continha duas janelas, uma que fica de frente com a janela do vizinho, já a outra que dava para ver o quintal dos fundos -Algo me diz que este era meu quarto- .Ouço um apito de um caminhão dando ré. Desço as escadas correndo e vou para a porta principal, vejo Jonh abrindo o caminhão eu me aproximo devagar.

- Precisa de ajuda?

- Não obrigado Evelyn.

- Evelyn é o caramba tá me estranhando? - Enrrugo a testa em protesto

- Tava te zoando. - Sua voz suavizou em sarcasmo

- Provocações logo de manhã... -Uma voz feminina interrompeu o diálogo.

- Eu ouvi meu nome? -Falou Evelyn saindo da frente do Caminhão- .

- Não é nada demais.

- Agora vai levar a mudança para dentro sozinho!- Digo me sentando no chão, irritada- .

- Só até os organizadores chegarem- Ele sorri confiante-

- Então deixa que eu te ajudo até eles chegarem Jonh! -Evelyn diz se aproximando-

- Sério?

- Mas tem uma condição...

Sempre tem uma condição penso ironicamente.

- Então qual é a sua condição?- Ele diz levando a caixa até a varanda-

- Eu sei que você tem uns amigos aqui e eu quero que você me apresente para eles... Não sou boa em socialização

Ele demora para responder.

- Jonh faz uma cara de espantado e responde- Não! Eu te conheço, você não quer amigos, você quer um encosto... Alguém que você mal conheça para te dar estabilidade emocional e notas altas, isso dura até você alcançar um objetivo ou alguém que seja importante no seu ponto de vista.

O silêncio pairou sobre a brisa da manhã, sobre as bocas fechadas, sobre o caminhão aberto, sobre a mente de Evelyn. As emoções pareciam estar a flor da pele em todos; Nervosos com a mudança, mas confiantes que iriam ser felizes juntos em algum futuro próximo.

- Você não pode dizer o que não sabe -Evelyn sai pisando firme de mãos fechadas -Jonh me olha- Ele sabe que eu não vou retrucar aquelas duras palavras-

Penso no que ele disse. Estão resolvo quebrar a tensão do ambiente com uma boa atitude.

- Deixa isso pra lá.. eu vou te ajudar! -falo tentando subir no caminhão- Mas não consigo o veículo estava com a traseira inclinada, tento colocar um pé em cima do caminhão, mas a única coisa que eu consegui foi um belo tombo de costas no chão, e bater a cabeça no concreto.

- Essa doeu! -coloco a mão na nuca rapidamente, e verifico se não tem sangue. Não tem. Que alívio.

- Meu Deus! como você é baixinha- Ele diz tentado disfarçar o riso com o comentário bobo-

- Tenha certeza que minha altura não foi uma escolha minha...

- Pois é -Ele fala estendendo a mão- Me puxando e me colocando em cima do caminhão com muita facilidade. Logo, me equilíbro e pego uma caixa para entregar para Jonh.
Esvaziamos o caminhão todo e colocamos todas as caixas para dentro de casa. Os organizadores... não vieram. Contudo, Eu e Jonh subimos nossas camas e caixas para nossos quartos. Pelo menos acho que eram as nossas caixas. Na hora de guardar,não nomeamos. Me arrependo, mas logo passou. Pego o celular do meu bolso e olho o horário; são três e meia da tarde.

Quando os olhos se fechamOnde histórias criam vida. Descubra agora