A Bela e a Fera

Tragédia

Jade p.o.v's

Chegamos no local e Xamã foi para seu camarim, eu e Bruno andamos até um barzinho exclusivo para as pessoas que abririam o show e para mim e Bruno óbvio porque eu não ficaria sem beber.
-Carne nova no pedaço!- um moreno disse para dois meninos que estavam com ele, então deduzi ser o tal de Caio Luídy.
Andei até ele e me sentei em seu colo, inclinei minha cabeça  como se fosse o beijar, ele fecha os olhos e abre a boca.
- Sabe Bruno.- disse com um sorriso travesso enquanto o moreno me olhava sem entender.- Você disse que ele metia o loko, mas não sabia que ele era iludido!- gargalhei me levantando de seu colo.
- Nossa Oik!- um dos meninos disse gargalhando.- Ela te pegou certinho!
- Cala a boca Pk!- grunhiu.
- Não leve para o lado pessoal Luídy, a carne nova do pedaço já está bem acompanhada já!- sorri cinicamente.
- Não tem melhor companhia que eu bebê!- ele diz convencida e sinto braços rodando minha cintura.
- Oi nenê!- Xamã diz em meu ouvido e vejo Caio revirar os olhos e sussurrar um "claro".- Meninos se quiserem já podem abrir o show.
Saio dos braços de Xamã e peço um drink para mim, quando chega eu viro o copo e peço outro.
- Tem alguém querendo se embebedar!- Caio diz se sentando do meu lado.- Me vê um igual!- disse para a mulher do barzinho.
Pego o meu segundo drink e o viro novamente.
- Eu não estou querendo eu sou bêbada!- digo dando uma leve piscada para ele.
- Então cê é a mina do Xamã?- pergunta tomando seu drink.
- Eu sou a minha mina!- digo indiferente.
- Então não teria problema se eu te beijasse?- diz sorrindo.
- Eu não tô afim não, mas não fica mal.- digo com um sorriso cínico.- Me vê mais um moça!- peço e a moça vai fazê-lo. Espero meu drink e quando ele chega o pego  e vou para o lado de Xamã e Bruno.
- O papo tava bom?- Bruno diz bravo.
- Na verdade ele só veio me perguntar se eu era a mina do Xamã.- ri.
- E o que você disse?- Xamã perguntou.
- Eu disse que sou minha mina!- digo simples.
- Não entendi.- ele disse e eu olho para Bruno.
- Ela quis dizer que ela não é um troféu e nem um cachorro pra ter dono, então antes de qualquer coisa ela é dela mesma!- Bruno explica.
- Profundo!- ele sorri e me dá um selinho.
Logo começa a abertura do show e nossa, eles cantam muito bem.
Quando a abertura acabou eu recebi um beijo de Xamã e ele correu até o palco, ouvi gritos ensurdecedores e a primeira música começou.
- Gostou da abertura princesa?- Caio disse se sentando no barzinho comigo (novidade que eu estava no barzinho né kkk).
- Até que foi legal!- digo bebendo um gole de whisky tentando evitar aquele garoto chato.
- Ah pode admitir que somos bons!- disse um menino do olho claro.
- Você canta bem ahm...- digo sem saber seu nome.
- Igor!- sorriu.
- Então, você sorri muito bem também!- digo o admirando.
- Já vi que tô sobrando aqui!- Caio disse se levantando.
- Ei, se quiser eu te arranjo o Bruno!- sorrio de lado.
- Pensei que você fosse mais legal!- Caio diz fazendo bico.
- Eu sou legal, com quem não me acha um pedaço de carne!- digo revirando os olhos.
- Que droga garota chata!- ele grunhiu me puxando pelo pulso.- Para de se fazer de difícil!- ele diz apertando meus pulsos com força
- Bom se me fazer de difícil é eu não sair com um cara que eu não quero e nem conheço então eu devo ser!- digo revirando os olhos e me soltando.
O show depois de um tempo acabou e Xamã voltou para onde todos estávamos.
- Ae galera, tem a comemoração! O pessoal já deve estar chegando!- Xamã diz e Bruno abre um champagne.
- Xamã! Eu acho que já vou indo embora, tô cansada!- digo bocejando.
Ele então sorri e eu sorrio de volta o abraçando.
- Tudo bem eu te levo!- ele disse me puxando.
- Ah não precisa, eu peço um uber, você fez um belo show tem que comemorar.- digo e o beijo para me despedir.
Ando até Bruno também para me despedir mas o mesmo disse que não vai me deixar sozinha e que ele também já estava querendo ir embora.
- Tchau Igor!- digo beijando sua bochecha.
- Tchau linda!- diz sorrindo.
- Tchau Pk!- digo repetindo a mesma ação com ele.
- Tchau gatinha!- diz piscando pra mim.
Passo reto pelo Caio e o ouço bufar.
- Eu te espero lá fora Bruno!- digo acendendo um cigarro e descendo, pois ele estava tendo uma conversa séria com um carinha que eu não sei o nome.
No meio da escada eu sem querer (porque tem que ser distraída ein Jade?) penso.
- Me desculpa!- digo levantando meu rosto para o ser e puta merda, era o knust.
- Eu que peço desculpas estava distraído!- ele diz sorrindo sem mostrar os dentes.
Dou um trago no cigarro e fico sem saber o que fazer.
- Qual o seu nome?- ele pergunta da mesma forma que eu, que constrangedor.
- Jade, Jade Martins!- digo dando a mão para um aperto.
- Eu sou o Daniel! Satisfação!- ele diz e eu entendendo o que ele quis dizer sorri de lado.
- Jade?- ouço Bruno chamar descendo as escadas.
- Aqui frango!- digo se volta.
- Pensei que você tinha ido embora sua kenga!- ele diz chegando até nós.- atrapalho algo?- pergunta olhando para knust.
- Eu estava tendo a satisfação de  conhecer o Knust pessoalmente!- digo mordendo os lábios.
- Não quer dizer o prazer?- Bruno diz me olhando confuso.
- Não prazer é só na cama irmão!- knust gargalha e Bruno revira os olhos.
- Vamos embora senão você vai passar o rodo Jade!- Bruno diz rindo.
- Tchau Dan!- digo dando um beijo na sua bochecha.- depois te chamo no Instagram!- sussurro em seu ouvido.
Entrei no carro junto de Bruno e seguimos para casa, em minutos caí no sono dentro do carro mesmo.

Bruno p.o.v's

Eu estava com um pressentimento muito ruim, mas não iria comentar nada hoje, foi um dia muito bom e também porque Jade está babando e roncando no meu ombro.
Chego na casa de Jade e a pego no colo, tranco o carro e entro para levá-la para sua cama.
E assim adormeci.

De manhã...

Acordo com O telefone da sala tocando e então desço para atender.

- Alô?
- Residência da família Martins?
- Sim.
- Ligamos para avisar que o navio onde estavam o senhor e a senhora Martins naufragou e   eles faleceram.

Desligo o telefone em choque, o que eu vou dizer para a minha pequena?
- Quem era Bruno?- ela diz coçando os olhos e bocejando.
- Meu amor, senta, precisamos conversar.- digo com um nó na garganta.

Continua...