Ele arqueou as sobrancelhas em surpresa ao entrar em casa, vendo um lindo ramo de flores em sua mesa de centro. Aproximando-se, Louis sorriu minimamente ao ver aquele nome escrito em letras cursivas caprichadas.
Lembrava-se bem do jovem de cachos e brilhantes olhos verdes; havia se encantado com o mesmo desde o momento em que o viu na cafeteria perto de sua casa. Só não lhe passou pela cabeça que receberia um buquê assim tão de repente.
Os dedos ágeis tocaram o papel, abrindo-o com delicadeza. As belas palavras o fizeram alargar o sorriso, eram tão dóceis.
"...um lindo arranjo como você, espero que goste. Harry."
Ao final do bilhete, porém, Louis riu. Riu por que aquilo era verdadeiro, o buquê de tulipas era como ele. Seu sorriso singelo se desfez aos poucos e, subitamente, seus olhos azuis agora lembravam o oceano, cheios de água. E seu peito doía como alguém que agonizava por ar em meio às profundezas.
Porque buquês são flores mortas, assim como louis estava por dentro.