Diga somente a verdade

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O lugar parecia vazio, não havia paredes, não havia chão... O menino pensou se havia morrido.

— Diga-me por qual motivo me invocaste? — Disse um grande ser que carregava uma incrível luminosidade.

— Eu não te invoquei, eu só fui dormir pensando no meu maior desejo! — Rebateu um esverdeado assustado. Midoriya Izuku. — O que você é?

— Por que mentes para si, garoto? — Ele se surpreende. Pouco tempo depois, o ser luminoso viu que não haveria resposta por parte do menino, resolveu falar. — Eu sou uma divindade.

— Divindade? — Pergunta com certa desconfiança.

— Eu sei tudo, posso tudo. — Pronunciou. — Mas diga-me, qual o maior objetivo de sua vida?

— Isso é fácil. — Apertou o punho direito. — Ser o herói número um! — Disse com convicção.

— Garoto tolo. — Repreendeu. — Vou te dar outra chance. Qual o seu verdadeiro objetivo?

— Eu já lhe disse que é me tornar o herói número um! — Continuava a insistir.

— Basta! — As luzes ficaram mais brilhantes. — Eu vou te dar uma provação.

— Uma provação? — Piscou várias vezes e ainda sim não entendia o que a divindade queria lhe dizer.

— Você nunca mais vai mentir para si mesmo. — Disse por fim enquanto a luz enfraquecia.

Izuku ficara desesperado. O que aconteceria com ele? Quem ou o que era aquilo? Como um último suspiro, usou sua voz para chamar a luz de volta.

— QUAL O SEU NOME DE DIVINDADE? — Gritou.

— Sou o "Santo protetor do brioco". — E desapareceu.

[...]

— UAHHHHH! — Acordou assustado. Tivera um sonho um tanto quanto exótico.

Sonhar com deuses e coisas que alimentam seus desejos pessoais. Quando ficara tão obcecado pelo loiro assim? Kacchan era apenas seu amigo, não?

Midoriya olhou o relógio de parede e constatou que acordou no meio da madrugada. Sua garganta estava seca, pensou em ir buscar um pouco de água. Por causa do horário, não haveria ninguém nos corredores e sua travessia seria tranquila. Fechou os olhos momentaneamente para escutar os barulhos vindos lá de fora. Estava nos dormitórios da UA.

Não escutou nada. Era a hora perfeita para sair sem precisar dar desculpas.

O que o esverdeado não esperava, era que seu grito ao acordar assustou uma pessoa que andava nos corredores, e por esse motivo, ela tomara cuidado para não fazer barulho. No momento que Midoriya abriu a porta, encontrou Katsuki que andava na ponta dos pés. O menor acabou por rir da cena.

— K-Kacchan! Você é engraçado! — Disse em meio aos risos. Irritou um pouco o loiro.

— Deku, seu idiota, o que você quer a essa hora? — Indagou.

— Eu quero você! — Respondeu simples. Mas não era isso que iria responder. Sua boca se mexeu sozinha. E como um flashback, o sonho que tivera voltou para sua cabeça.

"Você terá que enfrentar uma provação. Nunca mais irá mentir para si mesmo."

Isso significa que ele falará apenas a verdade? Mas o problema aqui é que tipo de verdade ele acabara de falar. Queria seu amigo de infância?

— D-Deku, você bebeu? — Pergunta perplexo.

— Gaguejou vacilou, eu sei que cê tá afim, vamo. — Sempre teve vontade de se soltar, principalmente em seu linguajar, não esperava que faria isso hoje e com seu antigo amigo.

ProvaçãoWhere stories live. Discover now