CAPÍTULO 4

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   Eram quatro horas e eu caminho até a área da recepção, encontro Estela sentada no balcão da recepção mexendo no celular

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   Eram quatro horas e eu caminho até a área da recepção, encontro Estela sentada no balcão da recepção mexendo no celular. Ela me vê e desce do balcão, ela estava vestida com um minúsculo macacão de alcinhas amarelo vibrante com pequenas flores azuis e com suas pernas longas de fora, nos seus pés um par de havaianas brancas. Seu cabelo estava amarrado em um rabo de cavalo e seu rosto estava limpo de maquiagem. Ela estava linda.

  — Você está pronto? — Pergunta se aproximando de mim.

— Claro.

— Então vamos. — Ela diz guiando o caminho para fora da pousada.

 — Nós não vamos de carro? — Indago, eu tinha alugado um jipe para vir para cá, mas ela nega com a cabeça sorrindo.

  — É bem pertinho daqui a gente vai no pé e volta no outro. — Estela anda se afastando e eu a sigo, nós passamos a andar pelas ruas de areia e enquanto caminhamos várias pessoas cumprimentam Estela e ela os cumprimenta de volta, eu podia sentir muitos olhares curiosos sobre nós.

  — Como você fala português tão bem? Disse que falava pouco, mas você fala muito bem e ainda tem acento nordestino. — Ela pergunta me fitando e eu fico surpreso.

  — Você está dizendo que eu tenho sotaque nordestino?

  — Sim, o nordeste é cheio de sotaques e culturas diferentes. Algumas pessoas dizem que nós cearenses falamos cantando.

  — Sério?

  — Sim, embora eu não veja isso, nós temos nossa própria línguagem. Que é repleta de vocábulos e o típico humor cearense.

— Típico humor cearense? — Repito pensando que minha mãe realmente tinha um humor peculiar. — Como hoje quando você disse Vai se lascar?

  A maneira como eles falavam realmente me intrigava.

— Sim, mas eu também poderia ter dito: Vai pra baixa da égua.

  Eu rio maravilhado com aquela expressão.

Vai pra baixa da égua. — Repito. — Eu não tenho ideia do que significa.

Onde mora o Coração - Disponível na AmazonOnde histórias criam vida. Descubra agora