Capítulo 35

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R A F A E L A 🎀

Sei que alguns podem me achar fútil, mimada, mais realmente não ligo.

Eu sempre fui super protegida, meus pais sempre me ensinaram o certo e o errado, e quando conheci Will fiquei receiosa o que meus pais acharia, ele não é uma pessoa má, mais pelo fato de morar em uma favela pensei que eles negariam, ele não tinha me pedido em namoro ainda e nem eu a ele, mais sabíamos que estávamos namorando, estranho eu sei.

Meus pais amam ele, conversam sobre tudo.

Com o Will ganhei amizades novas, posso dizer o verdadeiro significado de amizade, essa turma é incrível, e fico feliz por aceitarem eu e meu irmão.

Vinicius sofreu muito com a Tália, mais acredito que não se amavam de verdade, apenas se apaixonaram, começaram a namorar e depois se acostumaram com a situação.

Ela se foi à 2 anos, é uma mulher incrível, e o melhor ainda é que eles continuam amigos, sinceros um com o outro.

— Vem Rafa — Will disse e puxou minha mão — O que tu tanto pensa? — ele me abraçou e colocou uma mexa do meu cabelo atrás da minha orelha —.

— Umas coisas aí — eu disse e dei um sorriso — Não precisa se preocupar não, vamos entrar de novo na piscina?

Ele concordou e entramos.

M A R I A   E L I S A 🌻

Estava todos dormindo, meu celular mostrava ser seis horas da manhã, e o mais interessante, eu não estava conseguindo dormir por nada, talvez seja insônia, ou o calor insuportável.

Levantei da minha cama, sai do quarto que estava dividindo com o Alan, já que tínhamos sobrados, fechei a porta, desci as escadas e segui pra cozinha, quando entrei vi que alguém estava na cozinha, de frente pra geladeira aberta, e reconhecia muito bem, mesmo que eu o conheço pouco tempo, Vinicius.

Ele pegou uma vasilha de vidro e se virou, ele quase deixou o vidro cair, por pouco.

— Que susto — ele disse colocando a vasilha em cima da pia e colocou sua mão em seu coração — quer me matar?

— Não seria má idéia — eu disse e dei uma risada — brincadeira — fui para o lado dele — eu também vou querer.

Me referi ao mousse, ele pegou dois potinho e duas colheres, serviu pra nós e depois de guardar a vasilha na geladeira nos sentamos na mesa.

— Como está o morro? — ele perguntou distraído e eu olhei estranho, ele percebeu e ficou sem jeito — se está tudo tranquilo, seu tio está bem?

— Olha, desconfio muito de todas as pessoas, e desconfio mais ainda de quem é da lei, ou quem se diz ser — falei olhando em seus olhos — se está tentando me usar pode parar por aí — falei e me levantei — respondendo sua pergunta, o morro está tranquilo e meu tio está bem.


Fui pra pia, lavei as vasilhas e as colheres, sequei e guardei, quando fui sair da cozinha Vinicius apareceu.

— Desculpa se pareceu isso, de que eu esteja te usando — ele disse e colocou suas mãos na parede — essa não é e nunca foi a minha intenção, só perguntei por perguntar, me desculpa?

— Te desculpo Vinicius, mais toma cuidado — eu falei e tentei sair mais ele impediu — licença.

Ele negou e deu um passo, fazendo que eu de um passo para trás, e foi assim até chegar no balcão. Onde ele me pegou no colo e me colocou sentada no mesmo, e ele ficou em pé entre minhas pernas.

Olhei pra cara dele e não sabia o que fazer, me afastar ou deixar que continuamos com esse jogo de quem faz mais de otário, ou simplismente ele não está tentando me fazer de otária, talvez ele seja assim por ser policial, então questione por tudo e em tudo, talvez seja paranóia da minha cabeça também.

Coloquei minhas pernas em volta de seu quadril e puxei para que ele se aproximasse mais de mim, olhei sua boca, depois seus olhos, e voltei a olhar sua boca, grudei a minha com a dele e nisso iniciamos um beijo, as vezes lento e outros rápidos, uma mão minha em seu pescoço e a outra puxando seus cabelos, suas mãos em minha cintura as apertando, só sei que a qualquer momento alguém poderia entrar naquela cozinha e iria ver isso e iria estragar o nosso momento.

— Vamos para o meu quarto, eu tiro o Alan de lá — falei e ia sair em cima do balcão, quando Vinicius me impediu e eu fiquei sem entender —.

— Melhor não, vamos ficar por aqui — ele disse e colocou suas mãos em minhas coxas —.

— Tu é virgem? — perguntei sem entender —.

— Não, só quero que vamos de vagar — ele disse e voltou suas mãos em minha cintura — aonde paramos?

Ele disse e voltamos a nos beijar.

Vivendo em dois mundosOnde histórias criam vida. Descubra agora