Minhas vidas passadas. (Vkook)

Você tem que aceitar

"Quando percebi, já te amava, no entanto o sentimento era dor, pois, sabia de alguma forma que era o início de um amor que vinha desde muito antes de nos conhecermos. Embora perplexo, fechei os olhos quando estava em seus braços e apenas pensava sobre, o que seria de nós a partir de agora."

~Jungkook on~

Estávamos no final do verão, eu ainda estava um pouco confuso quanto ao que sentia pelo Taehyung e o Jimin, que apesar do que ele fez, ainda é um amigo importante. Eu acabei sabendo que vários dos sonhos estranhos que tive todo esse tenho, até mesmo acordado, eram fragmentos de memórias de vidas passadas, mas não consegui me lembrar quem eu fui, parecia que tinha alguma coisa bloqueando. Taehyung, apesar de estar desanimado por não conseguir lembrar dele, está tentando fazer o possível para me fazer lembrar, tanto é que só pensa nisso.

Estávamos deitado na cama do Taehyung, encarando o teto e brincando com nossas mãos, quando do nada acabei me perdendo em pensamentos que não sabia se dividida ou não com o Taehyung. * Ele pode ficar triste se eu falar algo assim, mas ele tem que saber mesmo que não queira que há essa possibilidade.* Eu o encarei por um tempo até que o mesmo olhou para mim confuso, pois, provavelmente eu estava sério.

-Tae eu sei que que isso pode parecer para você que foi do nada, mas tenho que te dizer que não sou mais a pessoa que você conheceu até hoje. - Esperei a resposta dele, mas o mesmo sorriu e depois colocou uma das mãos no meu rosto.

- Kook isso é porque não recuperou suas memórias ainda... Você vai ver, quando voltarem a primeira coisa que vai fazer é correr pela cidade e admirar tudo. - Com a resposta que eu sabia que ele iria dar, coloquei minha mão sob a dele e fiquei sério.

- Taehyung, já pensou que minhas memórias possam nunca mais voltar? - Percebi a expressão dele mudar. - Já pensou que aquela alma cansou de tentar cumprir a mesma missão sempre e falhar... Que talvez, ela tenha mudado a missão e feito eu ser o que sou hoje? - Ele parecia estar com raiva e se levantou ficando sentado na cama e eu fiz mesmo. - Eu sei que é difícil, mas não é melhor aceitar ess... - Taehyung começou a me beijar e depois de nos afastarmos por falta de ar ele me abraçou e eu acabei fechando os olhos tentando não chorar. * Essa é a primeira vez que nos beijamos desde o que aconteceu no parque de diversões, mas porque esse sentimento de alegria e dor?*

- Jungkook, não fala isso, você vai conseguir porque não quero ter que te contar tudo que aconteceu para estarmos aqui hoje, mas também não quero esconder nada de você. - Ele me abraçou mais forte. - Não tem como sua alma ter mudado a missão de me proteger assim, afinal foi uma promessa que... - Me afastei dele.

- Taehyung, o que você está me escondendo? - Ele desviou o olhar. - Isso tem haver com o fato de ter tanto derramamento de sangue nos sonhos não é? - Ele assentiu. - Não acredito nisso Taehyung... - Fique com raiva. - Você me disse que era porque tinha fragmentos misturados aos sonhos.

Eu estava a ponto de perder a cabeça e o pouco de paz que estamos tendo a pouco tempo foi totalmente extinto. Eu fui ao banheiro jogar um pouco de água no rosto e o Taehyung resolveu vir atrás tentar conversar comigo, mas eu não estava afim de escutar as desculpas que ele tinha, pois sabia que eu acabaria deixando tudo passar. Voltei para o quarto, catei um par de sapatos que estava fácil no armário e depois fui calçar os mesmos enquanto o Taehyung falava sobre algo que eu nem prestei atenção, então me levantei e fui até a porta do quarto.

-Onde vai Jungkook?

- Onde meus pés me levarem... - Ele estava prestes a me seguir, mas o parei na porta. - Taehyung, isso não é assunto seu, então não me siga.

Sai descendo as escadas, indo até o jardim do lado do prédio do dormitório e me sentei num dos bancos. * Que sensação de dejavu* Fiquei ali olhando as estrelas imaginando o que poderia ser tão ruim que eu tenha feito a ponto de o Taehyung querer me esconder, nisso meio que quase dormi, mas foi quando percebi e vi de relance alguém a minha frente. Eu fui virando ao poucos na direção da pessoa é percebi que estava encarnando o céu e chorando.