Horas antes
Lay estava tão farta.
Já tinha ido para becos sem saída mais vezes do que as que conseguia contar e voltado para trás para escolher um caminho alternativo.
Quando se separou de Max e Sofia, ela tinha ficado tão assustada.
- Mas quem é que eu estou a enganar? - pensou Lay - Eu nunca estive mais aterrorizada na minha vida. E eu não sou uma pessoa que se assusta com facilidade!
De repente a lua desapareceu.
- Mas que diabo...?
Ela, por uns momentos, olhou para os lados á procura de alguma coisa que pudesse usar para iluminar-lhe o caminho mas o cristal das paredes parecia ser florescente e brilhava o suficiente para se ver alguma coisa.
Lay olhou para os lados mas como nada acontecia, ela encolheu os braços e continuou a andar.
De repente, ouviram-se gritos.
Os gritos vinham de mais á frente mas não foi isso que pôs Lay a correr em direção aos gritos. Porque os gritos pertenciam a Sofia e Max.
- SOFIA! - gritou Lay - MAX!
Os gritos continuavam e ela corria o mais depressa que podia.
- SOFIA!
Lay entrou numa espécie de sala oval com chão de areia e com um teto e paredes de pedra. Os gritos cessaram.
- Sofia? - perguntou Lay, a medo - Max?
Ela virou a cabeça para trás quando ouviu uma pancada. A passagem por onde ela tinha vindo tinha sido bloqueada.
- Uma armadilha... - sussurrou Lay - Oh não...
Ouviu-se outra pancada. Lay viu um buraco numa das paredes e desse buraco começou a sair areia, rapidamente.
E ela já tinha visto filmes de aventura suficientes para saber o que era isto. Ia chegar a uma certa altura que a areia ia ser tanta que ela ia ela morrer!
- Oh não, oh não, não, não, não, não!
Ela olhou em volta rapidamente á procura de algo para bloquear a areia ou mesmo um botão para a tirar dali. Sem querer saber se ativava outra armadilha, Lay tateou as paredes á procura de algo diferente.
- Pára!
Lay deu um salto ao ouvir uma nova voz. Era uma voz de mulher. Uma mulher idosa. A voz era suave como seda, mas autoritária. Ela virou-se para ver uma mulher jovem no meio da sala. Tinha cabelos castanhos compridos, um véu e um vestido, ambos eram brancos e iam até ao pés.
Lay examinou melhor a mulher. Ela era alta e esguia, o seu rosto era calvo e parecia tranquilo.
Os olhos dela...
Lay mal podia acreditar quando viu os olhos da mulher. Os seus olhos eram roxos. Á primeira vista ela tinha pensado que eram pretos mas agora tinha notado que eram roxos escuros. Os seus braços e mãos estavam cobertas de tatuagens com símbolos estranhos e espirais e reparou que as tatuagens eram da mesma cor dos olhos da mulher.
A mulher levantou um pouco o vestido para poder caminhar sobre a areia sem o vestido a estorvar e Lay pode ver mais tatuagens em espiral nas perna da figura feminina que se aproximava dela.
Ela deu dois passos para trás e acabou com as costas encostadas á parede.
A mulher parou.
Lay conseguiu reunir a coragem para lhe perguntar:
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A Deusa da Noite
FantasyUma vez que havia duas irmãs. A irmã mais velha fez o dia e a irmã mais nova fez a noite. Por muito tempo a sua função foi trazer a sua respetiva fase do dia e assim foi por muitos milénios. Mas a inveja começar a crescer na irmã mais nova que sente...