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No último capítulo...

- Peça perdão por ter matado eles, principalmente meu pai. - murmuro devagar saboreando o desespero no seu rosto.

Diana on

Parecia uma grande loucura estar fazendo isso, mas o necessário a gente sempre faz. A situações que não nos dão uma segunda opção, apenas uma. Minha mente não era a de meses atrás, aquela garota simples vivendo com o pai, estudando e limpando quartos de hotel...foi embora.

- Sinto muito, querida - solto seu pescoço, vendo o rosto dela pálido, da cor da morte.

Oh, tão eficaz, filha. Meu pai diz e some. Assim percebo o que fiz, vendo a maquina apitar e médicos chegarem no quarto.

- O que aconteceu? - uma enfermeira mira meu rosto.

- Acho...que ela...- Não tinha uma desculpa prudente. Meu olhar vai na direção dos outros que ligavam o desfibrilador, e apenas corro dali.

...


Jornal news

- O tribunal, acabou mal. Sem esperar-mos pelo pior - ela fecha os olhos - Mais uma vítima foi feita, com a marca de golden rabbit.

Troco de canal perturbada com a cena do rosto dela e o barulho da maquina apitando. Balanço a cabeça.

- Não seja estúpida. Ela está bem. - aperto meus olhos com força.

Escuto passos passando por trás de mim, viro o rosto mas não tinha ninguém. Volto a olhar para a teve e me assusto vendo meu pai.

- Se ela estiver viva, saberei que é uma traidora.

- Pai, não quero ser pior que ela - matar ela só me iguala ao nível dela.

- Sua hipócrita. - ele agarra meus cabelos puxando com força. - Você se igualou a sua irmã.

Grito com a pressão que suas mãos faziam em mim. Como ele sabia do meu pensamento?

De repente, ele evapora, não está mais ali. - Não é real. - sussurro, tomando conta do que eu fiz. Ele nunca esteve aqui.

Deito-me no chão, sentindo a dor se abrindo em meu peito, dizendo que sempre esteve aqui. Sufocando-me. Como um soco que faz seu corpo cambalear pra trás. Era revivescer a verdade que nunca aceitamos, mas sabemos que dói. Meramente existe somente uma pessoa que pode tirar minha dor.

...

Chego a casa de Hypolito, sentando no sofá, enquanto ela termina de fazer o jantar e volta para sala.

- Desculpa. - digo, sem muitas forças. Pelo tapa.

- Ok. - mira meu rosto, analisando, tentando decifrar algo, como se eu fosse uma incógnita. - Jeon, continua preso. Pensam que pode ser uma farsa, querendo assustar os outros.

- Enquanto não houver mais corpos, eles vão fingir que o cara preso é o culpado, até os cidadãos perceberem que na verdade, ele é o cara errado. - digo, devagar.

- Quer dizer que mais corpos vão aparecer? - incrédula ela se levanta, falando que esqueceu a comida no fogo, precisa verifica-lá.

Hypolito, tem desconfiança de mim. Deu pra notar a "tranquilidade" estranha dela. Mas, não a culpo, também desconfio da mesma.

Tiro os sapatos, andando até a porta da cozinha escutando ela falar com alguém no celular.

- Sim - falava baixo no celular - tenho quase certeza de que foi ela que matou aquela mulher...Diana, é louca por ele...é, em minha casa.

Vadia! Comunicando possivelmente a polícia. Poupo meu tempo do resto da conversa e volto ao sofá. E após dois minutos Hypolito volta sorrindo agindo naturalmente.

- A comida queimou? - contenho meu sarcasmo.

- Não. Por sorte. E tá uma delícia, quer jantar? - diz, sorrindo de orelha a orelha.

- Claro. - me levanto - Antes, pode me dizer pra que lado é o banheiro?

- Só ir reto no corredor, a primeira porta.

Faço um ok, saindo, indo até o corredor. Entro no banheiro. Precisava pensar no que fazer.

Olho ao redor e vejo um pote com umas coisas e,  tinha uma tesoura. Pego a mesma escondendo na cintura.

Ainda não sei o que fazer, mas melhor me prevenir. Saio do banheiro, e vou até Hypolito. Antes que uma de nós se pronunciasse a campainha toca.

- Vou atender - ela fala se retirando. Depois volta com um policial.

- Diana - ele me chama - Você está sendo acusada de ter matado a senhorita Steve.

- Ahm...lamento desapontar, mas não sei do que está falando. - Coloco as mãos no bolso.

- Então serei mais específico - Se aproxima jogando as fotos da vítima na mesa. - Lembra agora?

- Ah, essa foi mais uma vítima de golden rabbit, né? - encaro o policial.

- Você quer dizer sua vítima - Hypolito diz, se intrometendo.

- Não tenho sangue frio pra fazer uma coisa dessas. - continuo a negar. Olho direito o uniforme do policial vendo seu nome. David.

- Se esse for o caso saberemos na delegacia. - ele diz pegando as algemas.

- Com que provas? - dou alguns passos pra trás.

- Recebemos imagens suas quando foi ver Jeon. Antes dele ser preso.

Fico confusa. Antes dele ser preso eu nem conhecia Hypolito, como ela teria mandado essas supostas fotos a David?

Só tem um jeito de saber. Mas preciso me livrar desse cara.
- E seu outro parceiro, onde está?

- Seu caso é somente meu, até eu ter certeza. - dessa vez ele chega perto o suficiente de mim colocando as algemas nos meus braços. - Vamos, Diana.

Me puxa pelo braço e passo por ela que sorri satisfeita.

Assim David e eu saímos da casa indo até sua viatura. Ele abre a porta de trás e me colocando lá, e vai até o banco da frente. Senta, fecha a porta e coloca a chave na carro, começando a dirigir.

...

No meio do caminho peço para ir ao banheiro. Ele para o carro em um posto de gasolina, vazio. Pela placa seria feito uma reforma.

- Sem gracinha, entendeu? - aponta o dedo na minha cara e apenas concordo com a cabeça. Ele me leva até o banheiro entrando comigo.

- Pode tirar minhas algemas por favor?

Mesmo não estando seguro disso ele tira algema. Entro na cabine e enrolo fingindo estar usando, logo dou descarga e pego a tesoura abrindo a porta.

- Foi ra- Antes que ele completasse a frase enfio a tesoura em seu pescoço e, afundo em sua pele. David, agoniza de dor por um instante mas cai no chão.

- Sua vez, vadia. - puxo a tesoura e pego as algemas, indo pro carro.

Continua...

O Fim do Pesadelo 2 Temporada ||Hiatus||Onde histórias criam vida. Descubra agora