Capítulo 88

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Capítulo 88 🖤

|Luan narrando|

Almoçamos juntos e Maria Júlia fez questão de fazer uma piada sobre irmos ao banheiro do restaurante. Só não fui, porque o restaurante estava lotado, gringo pra todo lado.
— Acho que coloquei sorvete demais. — Maria Júlia apontou para a vasilha de sorvete em mãos.
— Eu também. — Murmurei e ela riu.
— Vamos sentar aqui. — Apontou para um banco na calçada de frente à praia e eu concordei.
Por sorte o banco ficava na sombra de uma árvore, fresquinha.
— Já tinha vindo pra Búzios antes? — Me olhou e eu concordei com a cabeça.
— Sim, vim com meus pais e minha irmã uma vez e depois com alguns amigos e a idiota da Cláudia. — Revirei os olhos.
— Eu já vim várias vezes. Vim com amigos, turma da faculdade e com meus pais. — Suspirou fundo. — Depois fiquei só lá no Rio de Janeiro mesmo, pessoal desanimou!
— E pra Angra dos Reis, você já foi? — Falei e ela assentiu, levando uma colher de sorvete na boca.
— Eu ia sempre com meus pais, mas eles se mudaram e aí eu só voltei lá algumas vezes com José Henrique, Ivana e algumas amigas e amigos do meu irmão.
— Fui só uma vez, acho muito caro hospedagem por lá. — Falei e ela riu, concordando com a cabeça.
— Também acho! E eu nunca pude ir pra lá sem José Henrique, ele e meu pai me proíbem. — Revirou os olhos e eu ri.
— Por que te proíbem?
— Porque eles acham que eu e meus amigos vamos fazer merda e que só volto de lá morta. — Fez careta e eu ri mais alto. — Não tem graça! Odeio quando meu pai e José Henrique ficam me impondo regras.
— Você obedece porque quer! — Dei de ombros.
— Obedeço, porque senão meu pai corta minha mesada. — Me olhou e eu continuei, rindo. — Quero ser independente logo, aí ninguém manda em mim!
— Aí ninguém te segura mesmo. — Falei e ela balançou a cabeça positivamente. — Será que seu pai deixaria você ir pra Angra comigo?
— Se ele te conhecesse, ele iria te jogar pra cima de mim, começar a falar de casamento e blá blá blá. Minha mãe ia fazer um mega almoço, te chamar e te tratar como se fosse meu marido! — Me olhou e eu sorri de lado. — Eles querem me casar à qualquer custo, assim como querem casar José Henrique! Querem netos também. — Revirou os olhos.
— Você leva jeito com criança, devia repensar algumas coisas aí. — Falei e ela deu de ombros.
— É... quem sabe... me apeguei tanto àquela menininha, sabe? Valentina! — Suspirou, cabisbaixa. — A mãe dela me deu o número dela e ela vive me mandando fotos da neném agora, meu coração bate feliz quando vejo ela.

...

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