Capítulo 2

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    Alvo acordou ansioso naquela segunda-feira pois não aguentava mais esperar por aquele momento. Colocou suas melhores vestes, pegou sua mochila e seguiu a caminho da morada dos Grindelwald, a duas quadras de sua casa. Fazia muito tempo desde que se sentiu vivo daquela maneira.
    Chegou ao seu destino, onde avistou uma casa grandiosa, em tons de cinza e preto. Apresentava um jardim frontal muito belo e variado, com grandes árvores, flores vermelhas e amarelas. Enquanto Alvo admirava a beleza do local, a Sra. Grindelwald saira de casa e com seu doce tom de voz disse-lhe:
    - Pode entrar querido. Antes de começar, queremos conversar com você.
    Alvo adentrou a casa, com medo do que poderia lhe acontecer naquele momento. Será que encontraram alguém mais capaz para substituí-lo?
    - Gellert fará um tour pela casa, lhe mostrará os aposentos. Viajaremos por tempo indeterminado, porém manteremos contato. Enquanto isso, vocês ficarão sob a guarda da tia-avó do meu filho, Batilda. Não a perturbe.- Ela disse.
O jovem apenas concordou com a cabeça e acenou quando a família passou pela porta principal e sumiu de vista. Gellert encontrou o olhar de Alvo e mostrou um sorriso gelado; perguntou-lhe se gostaria de conhecer a casa e o garoto de cabelos ruivos logo aceitou seu convite.
Durante o tour, Dumbledore não era capaz de se atentar a mais nada além da boca de Grindelwald. Passaram por vários cômodos, alguns quadros da evolução da família que decoravam as paredes e até alguns lugares secretos, que teoricamente não podiam ser mostrados, porém Alvo não estava realmente prestando atenção.
- Então, ao meu ver, você é uma pessoa ... digamos, poderosa. Você está lutando desde quando boa parte de sua família veio a falecer e seu irmão não mantém mais contato. Eu não tenho amigos, eu não tenho vida social. Não posso ir à escola pois já até passei em uma faculdade, porém escolhi não seguir com o curso. Algo me prende a essa casa. Você é diferente, embora, por outro lado, somos muito iguais. Somos sozinhos no mundo, e cada um de nós precisa do outro. Olhe diretamente nos meus olhos: você quer se juntar a mim em busca do bem maior?

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