Faça um pedido

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Avisos rápidos:
*Fic também postada no Spirit
*Se gostarem comentem;)
Tenham uma boa leitura
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O trânsito estava ruim, demorou exatamente uma hora para chegar em seu apartamento depois de um dia estressante no trabalho. Ao entrar no enorme prédio luxuoso e aparentemente caro, apertou o botão do elevador que tinha a função de levá-lo até a cobertura e não muito tempo depois já entrava em seu enorme lar.

Enorme.

O Jeon se perguntava todos os dias em que chegava da empresa o que se passava em sua cabeça para ter a ideia insana de comprar algo tão grande, se apenas ele vivia naquele local.

Tirou o terno assim que entrou em seu quarto e seguiu diretamente para o seu banheiro, já ligando a banheira e logo em seguida entrando em meio a água morna e relaxante.

Jeon Jungkook era CEO de uma grande empresa que trabalhava com automobilismo. Era milionário, e podia-se dizer que tinha muito sucesso em sua profissão. Porém, em sua vida pessoal havia um grande buraco vazio.

Jeon era solitário.

O belo moreno de olhos negros não havia nascido com a vida ganha, ao contrário do que muitos pensavam. O jovem rapaz de apenas 25 anos de idade nasceu em uma família humilde, e foi criado por sua mãe — pois seu pai havia falecido antes do mesmo nascer — e não tinham parentes vivos.

Sempre foram apenas ele e a senhora Jeon. A vida financeira que viviam sempre fora difícil, por isso Jungkook desde pequeno era esforçado em seus estudos e considerado o pródigo dos prodígios. Terminou o ensino médio e superior muito novo e logo fundou sua pequena empresa, e assim não demorou a crescer e virar uma grande concorrência de muitas outras.

Mas como já fora dito, Jungkook veio de uma família muito humilde, e nunca fora ambicioso. Seu único objetivo era trabalhar para dar conforto e tranquilidade para sua mãe que já se encontava cansada e com sua saúde debilitada.

E então, dois anos antes, assim que os estudos do Jeon mais novo começou a dar frutos, a mais velha faleceu.

Jungkook ficou inconsolável. Se afundou em seu trabalho e começou a acreditar que a vida não valia a pena. Anos de estudo e trabalho, apenas para depois perder a pessoa que mais lhe era preciosa e ficar solitário em meio aquele grande espaço frio e vazio ao qual chamava casa.

Com esses pensamentos saiu do banheiro e dirigiu-se até seu quarto novamente. Vestiu apenas um moletom preto, e uma bermuda confortável para dormir da mesma cor. Deitou-se em sua cama e olhou as horas em seu celular, vendo que ainda estava cedo, eram exatas 20:00 horas da noite. Olhando novamente em seu aparelho notou com surpresa que era dia 4 de setembro.

Era seu aniversário.

Era seu aniversário e nem havia se lembrado, porém não é como se alguém fosse lhe lembrar. Pensar dessa forma agora lhe parecia muito triste. Na verdade muito doloroso.

Doía.

Doía muito.

Foi sentindo aquele vazio se alastrando em si mais forte do que nunca, e a vontade de desistir de sua própria existência voltou. E então, repentinamente uma lembrança lhe veio a mente.

Se lembrou de uma conversa que teve com sua mãe quando era criança. Certa noite, havia pegado a mais velha encarando o céu sentada no quintal de sua casa.

"— Omma, o quê a senhora faz aqui? — O pequeno perguntou se aproximando."

"— Apenas observando as estrelas, as vezes sinto falta de seu pai. — Falou a mais velha de modo tranquilo. "

"— Más porquê a senhora olha o céu quando sente falta do Appa? — O menor perguntou novamente de modo curioso."

"— Porquê me sinto menos triste quando observo as estrelas, seu Appa me ensinou que quando nos sentimos solitários, observar o brilho das estrelas aquece o nosso coração. — Respondeu o filho que se sentava ao seu lado." 

"— Omma o quê é aquele risco brilhante no meio das outras?"

"— Oh! Parabéns meu bebê, você encontrou uma estrela cadente, faça um pedido."

"— Uma estrela cadente? "

"— Sim, dizem que quando uma estrela cai, você tem o direito de fazer um pedido. — Disse a mais velha empolgada."

"— Tudo bem, então eu desej-"

"— Não! Tem que ser um pedido silêncioso, caso contrário não vai se realizar. — A mais velha lhe advertiu."

Era claro que — agora em sua fase adulta — o Jeon não acreditava mais nas palavras ditas por sua mãe em sua infância. Más, por saudades daqueles tempos e da mais velha, se dirigiu ao "quintal" de sua atual "casa" deitando no gramado próximo a piscina se colocando a observar as estrelas.

O céu lhe lembrava o céu daquela noite, estava repleto de estrelas. Não se sentia aquecido como sua mãe disse que se sentira. Sentia-se aquecido pelas lembranças que aquela atividade lhe trazia. Ainda era vazio, porém seu peito estava um pouco mais quente.

E como naquela noite, um pontinho brilhante começou a deixar um rastro de luz, descendo pelo belo céu. E então, o Jeon fez um pedido.

"Não quero ficar sozinho."

E logo em seguida abriu os olhos, se sentia um pouco melhor, fazer dos hábitos de sua mãe os seus lhe fazia se sentir de alguma forma mais próximo a ela.

— Bem, feliz aniversário para mim, então. — Falou se levantando e se dirigindo até sua cama, com o intuito de tirar um dia de folga para si no dia seguinte e dormir até tarde.

Mal sabia ele, que em um lugar muito próximo e ao mesmo tempo muito distante seu pedido havia sido ouvido e acatado com sucesso.

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⏰ Última atualização: Mar 21, 2019 ⏰

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