Dragões de Éter - Alice no Mundo dos Espíritos

Alice no Mundo dos Espíritos

Andreane estava finalmente passando por um momento de paz, haviam se passado três anos desde a primeira guerra mundial de Nova Éter e as pessoas voltaram a suas vidas normais mas, não muito longe de lá, uma jovem passava por algumas dificuldades que eu lhes irei contar agora.

-Veja bem mãe, sua filha está em condições físicas perfeitas, mas achoque ela passou por algum ato de magia negra, ela está... Digamos, com algumas memórias que eu acredito que possam ser falsas, ela fala sobre coelhos falantes e chapeleiros malucos. – Disse da maneira meio assustada um médico de meia idade. 

- Entendo, ela vive dizendo coisas desse tipo, eu e a irmã dela tentamos enfiar em sua cabeça que isso foi um sonho, mas ela acredita fielmente que foi algo real - Disse a mãe de Alice. Uma mulher com traços da terceira idade,mas ainda mantinha uma elegância digna de qualquer rainha. – Mas obrigado,caso ela tenha outro pesadelo desse eu lhe mando chamar.

 - Mãe, eu sei que foi real, já tenho dezessete anos, acho que saberia se isso foi um sonho ou não, mas faz tempo que não tenho estes pesadelos – Ali estava Alice, seus cabelos loiros já alcançavam o meio de suas costas e seus olhos azuis brilhavam de uma maneira muito peculiar.

Um olhar de outro mundo. 

Era uma floresta, uma floresta bem familiar para Alice, estava correndo através de árvores e cogumelos gigantes – Ou será ela que está pequena? –algo estava correndo atrás dela, ela tentava olhar para trás, mas não conseguia, seguia desesperadamente para frente em busca de algum abrigo ou alguém que pudesse ajuda-la, até que o inevitável acontece. A garota cai com a  cara no chão, se levanta rapidamente e ao se virar depara-se com uma mulher de vestido vermelho e uma coroa na cabeça, segurando uma adaga e pronta para esfaquear Alice.

- Não! Pare! – Falou Alice já acordada. – Pare, pare! 

- Alice, filha, o que aconteceu? 

- Nada... Eu acho... Foi aquele pesadelo de novo, acho que foi o excesso de chá, devo parar com esse vício, mas fazer o que, se sempre são seis da tarde?– Acho que está bem claro que ela estava confusa. 

- Seis da tarde? Do que você esta falando? 

- Ah não! Nada não...

 - Venha filha, arrume-se, aproveite que você está acordada e se apronte para a escola, acabamos de nos mudar de Stalia para cá, você não quer perder seu primeiro dia de aula certo?

 - Certo, já estou indo. 

Alice já estava com 17 anos, esse iria ser seu ultimo ano na escola e mesmo ela não gostando queria terminar logo seus estudos. A menina ouviu dizer que a professora era uma das melhores. – E lhes garanto que era. – A jovem só tinha um medo, que era não fazer novos amigos ou as pessoas a acharem muito estranha, mas isso não iria acontecer.

Já era por volta do meio-dia, todas as crianças – Que os pais queriam,obvio. – estavam indo para a Escola Real do Saber, com Alice não foi diferente,ela entrou e sentou-se no fundo da sala quieta até que a professora se apresenta-se.

 - Bom dia crianças, para quem ainda não sabe eu sou Maria Hanson e sou a professora de vocês. Que todos os alunos novos sejam bem vindos e sem mais conversa, vamos à aula. – Lá estava Maria, houve boatos que ela passara por um momento de depressão não muito depois do casamento de Axel com a elfa Livith, mas como dizem, a vida continua. 

- É isso ai gatona! – Disse uma frenética Ariane. Maria olhou para ela séria, mas esboçou um leve sorriso logo em seguida e  Alice percebeu uma forte ligação entre as duas, mas o que mais chamava a atenção não era a ligação entre as duas meninas e sim um garotinho pequeno, parecido com um índio com a pele levemente esverdeada que estava sentando no chão segurando a saiada Ariane. Por que Alice parecia ser a única a ver a criança além da garota.