O Preço Da Traição

Capítulo 11 - Reencontros

Bruno Menezes

Era ela! A que procurei durante tanto tempo, estava ainda mais linda, sua aparência soava mais madura. Ela estava... diferente.

Olho pra ela por mais um tempo até notar a figura masculina ao seu lado e segurando sua cintura. Mas quem esse filho da puta pensa que é! Meu sangue ferve.

- Fatinha, quanto tempo...- digo emocionado - Por onde andou? Eu te procurei por todo lugar.

- Por aí. - diz claramente desconfortável com a situação, vejo que o cretino aperta mais sua cintura e sinto vontade de voar nele para que solte a minha mulher. Ele está pedindo pra morrer!

- Você não vai me apresentar seu amigo?

- Claro. Bruno, esse é Luiz, um amigo. Luiz esse é Bruno, um conhecido. - falou

- Conhecido? - eu digo me fazendo de ofendido - Você sabe que não sou só isso.

Jogo para causar intriga, afinal esse bosta tem que saber que está diante do amor da vida dela

- Namoramos por um tempo Luiz, mas nada de muito importante. Pelo menos não pra mim. - diz com desdém - Bom, nós temos que ir Bruno, adeus. - eu só quero sair daqui logo

- Até logo Fatinha.

Ela sai desfilando aquela bunda que parece ainda maior agora e entra no carro do cuzão.

Meu instinto possessivo não permite que eu fique calmo diante dessa cena, mesmo tendo ficado longe tanto tempo, meu coração ainda bateu dez vezes mais rápido só de vê-la novamente.

Estou no Brasil a negócios, cheguei a uma semana. Quando a Fatinha foi embora a procurei por cada canto daquela cidade, mas nunca imaginei que ela poderia ter voltado ao Brasil, afinal, não é uma viagem muito barata e pelo que eu me lembro ela não tinha nenhum dinheiro, saiu com uma mão na frente e outra atrás.

Me casei com Yara e hoje sou ainda mais rico, vivo a vida que pedi a Deus em termos de dinheiro.

Graças a Deus a chata da minha mulher ficou em casa, não faz nem um ano que estamos casados e eu já não aguento mais ela, antes ela até valia a pena por conta do sexo, mas isso tem se tornado algo inútil mediante a chatisse dela, fica no meu pé o tempo todo, me enchendo o saco.

Quando meu casei com ela, o velho babão do pai dela finalmente assinou o contrato de sociedade com a MZ Company, claro que fiz questão de deixar explícita a cláusula onde diz que em caso de separação, o contrato não poderá ser quebrado, apenas mediante pagamento de multa milionária, não sou trouxa.

  Após a reunião com alguns acionistas, volto ao hotel onde estou hospedado, e deitado na cama paro pra pensar, como seria se eu e a Fatinha estivéssemos juntos agora? Será que estaríamos casados? Será que seríamos felizes? Bom, eu nunca vou ter a resposta para essas perguntas, pois eu escolhi o meu sucesso profissional, e por enquanto não me arrependo disso, espero não me arrepender nunca.

Meu telefone toca e o nome da minha pirralha favorita aparece na tela

- Fala feiosa. - digo pra irritar

- Bruno, vai cagar meu. - ela diz emburrada e eu dou risada - Chegou bem no Brasil?

- Sim maninha, já estou deitado na cama, super cansado. Você não vai acreditar quem eu encontrei.

- Quem? - ela pergunta em dúvida

- A Fatinha!

- Mentira! - grito - Não acredito mano, como ela está?

- Ela parece bem, está bem mais bonita, parece mais mulher. Estava com um homem. - digo e meu tom de voz já muda

- Iih? Não vai dizer que você ficou com ciúmes. Você é casado mano. - me lembra - Aliás, nunca entendido por que ela foi embora daquele jeito, sem me avisar nada, sinto falta dela. Nunca imaginei que ela teria voltado para o Brasil, ela não tinha dinheiro.