Oi gente queria muito postar algo hoje, então só que está sem revisão ...😅
Minha mente ainda está presa à conversa que tive com Antony sobre nossa mãe, dói muito saber que ela nunca teve o menor carinho por em mim. Toda vez que recordo seu olhar, sinto uma tristeza tomar conta. Eu era apenas uma criança, como pode uma mãe não amar a própria filha? Balanço a cabeça para dispersar esse pensamento.
Acabo de enviar minhas últimas revisões e percebo duas mensagens de Ange, visualizo.
Meg preciso de um favor!
Estou presa em uma reunião com a diretoria da redação e não posso sair. O mecânico me ligou hoje cedo que o carro do Bruno está pronto. Será que você pode buscar pra mim?
Digito que posso sem problemas e só me passar o endereço. Ela me responde em seguida:
É um pouco longe...
Atravessa Lacerda, Numero: 1001, Campo limpo. Já mandei mensagem que você vai buscar, está tudo quitado, é só retirar o carro.
Acabo de ler a mensagem, o difícil vai se chegar lá, há tempo não vou para aqueles lados. Me troco já pensando na canseira, chego a sala e dou de frente com Antony entrando.
— Olá, o que faz aqui a essa hora?
— Esqueci uns documentos. E você onde vai?
— Nem te conto, Campo limpo, buscar um carro pra Ange.
— nossa, vai de que?
— De ónibus depois metrô.
— A pé você chega mais rápido, tá um baita trânsito.
— Não me desanima. – pego um livro e uma bolacha recheada e coloco na bolsa, — O que não se faz por uma amiga. – e caminho para porta.
— Espera ai, magrela, eu te levo.
— Mas você está trabalhado, não quero te atrasar.
— Tudo bem, de moto é rapidinho, vamos. Chega a ser judiação deixar você pegar um trânsito desses.
– Não tenho muita escolha.
— Meg, papai já morou nesse lugar, né? Lembro da gente indo numa casinha atrás da mecânica passar nossos finais de semana.
— Sim, foi lá que ele montou sua oficina depois de passar dois anos em tratamento no interior, íamos muito lá antes dele se mudar para Santa Rosa. – subo na moto e durante o trajeto me recordo da casinha que ele morava atrás da oficina. Foi bom o tempo que moramos lá. Antony conhece alguns atalhos e acabamos escapamos bastante do trânsito.
— Qual o nome da rua magrela? – Tony pergunta enquanto paramos no sinal.
— Travessa Lacerda parece que só tem uma oficina lá. – ele segue as placas e encontramos a oficina. Encarro o letreiro Roger car. Passa um fleche em minha cabeça. Esse nome, que coincidência.
— Quer que eu te espere? Você é meio marreca e os postes de borracha ainda não estão liberados. – Faz piada com minha cara.
— Seu bobo, pode ir não quero te atrasar mais. E dirijo muito bem se quer saber. – ele sorri, põe o capacete e sai.
Entro na oficina e a nostalgia toma conta de mim, o cheiro da graxa e fumaça de carburador, me lembra de quando eu ficava grudada no meu pai atrapalhando seu trabalho, escondendo parafusos e porcas enquanto ele tentava montar os motores dos carros, sempre faltava alguma peça que eu escondia. Pra ele era uma diversão escutar minha risadinha quando dava falta de alguma peça ou ferramenta.
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Os Sonhos Que Ficaram Para Traz.
RomansMeg e uma garota sonhadora,mas cheia de traumas e lembranças do passado, muito romantica busca encontrar um grande amor, que deixou esquecido , porem depois de muitos anos romances inacabados que foram deixados para tras começam a reaparecer, em su...