A inquietude da alma

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Em uma noite qualquer, Fred andava pela cidade quando deparou-se com uma bela moça perto de um café. Admirado, aproximou-se e perguntou seu nome.

 ­— Olá, chamo-me Serena.

Logo após, Fred chamou-a para entrar, e ela logo aceitou. Conversaram por longas horas e, a cada minuto, ele sentia-se mais encantado por ela, e o sentimento parecia recíproco.

— Nossa! Já está tão tarde! O tempo passou rápido...

— É mesmo! – disse Fred.

— Desculpe, está tudo ótimo, mas preciso ir embora, tenho um compromisso amanhã. – disse Serena.

— Podemos nos encontrar novamente? É que eu realmente gostei de você...

— Claro, simplesmente apareça nesse mesmo lugar daqui a um ano.

Eles riram, pouco depois, Serena foi embora. Ainda muito encantado, Fred resolveu segui-la até sua casa, mas, antes de chegar, ela fez algumas paradas. Saindo de um estabelecimento, Fred pôde ver que ela carregava o que parecia ser duas garrafas de licor e um maço de cigarros; logo após, foi direto para sua casa. Para ter certeza que Serena morava ali mesmo, ele a esperou entrar e anotou o número da casa.

No outro dia, ainda que cedo, Fred ansiava um próximo encontro. Pensando na possibilidade de não ter um segundo, ele resolveu ir pessoalmente à casa de Serena. No caminho, ia treinando uma explicação de como descobriu onde ela morava quando seus pensamentos foram interrompidos ao deparar-se com alguns carros estacionados próximo à casa. Desceu do automóvel, foi até a porta, que estava entreaberta, e entrou. Ali mesmo da sala, viu algumas pessoas, procurou-a dentre elas, mas foi em vão. Andou mais um pouco e viu um “banner” com a foto de Serena. Nele estava escrito “Conjunto de Oração pelos 20 anos de morte de Serena Jones – falecimento: 20/07/98 – causa: suicídio por afogamento”.


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