Capítulo 39

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Maratona 3/3

M A R I A   E L I S A 🌻

Senti algo gelado no meu rosto e acordei com tudo, olhei pra cima e vi um homem com cara de bosta.

— Até que enfim a princesinha acordou — ele disse e sentou em uma cadeira que tinha lá —.

— Pera — falei pensativa — Não me diz que eu acordei e virei princesa? — disse animada — esse é o dia mais feliz da minha vida — disse debochada —.

— Vamos logo que não tenho todo o tempo do mundo — falou caminhando em minha direção e se abaixou pra ficar do mesmo tamanho que eu, não que eu seja baixinha perto dele, isso não vem ao caso agora, só que estava sentada no colchão — Vamos lá, duas cajadada em uma só.

— Vocês estão me sequestrando mesmo? — perguntei indiguinada e ele concordou — puta que pariu viu, porque vão me sequestrar quando estou de férias? Porque não quando estou trabalhando ou estudando?

— Cala a porra da boca tu já tá me estressando — ele disse e se levantou de novo —.

— E tu acha que eu tô feliz com tigo? — eu perguntei novamente debochada, ele olhou pra minha cara, negou com a cabeça e saiu do quarto batendo a porta com tudo — ISSO É FALTA DE EDUCAÇÃO VIU.

A minha idéia é irritar eles muito, aí ou eu vou morrer ou eu vou ser solta, espero  que a segunda opção.

Andei pelo quartinho e as únicas coisas que tinha era um colchão no chão, uma cadeira e um banheiro só com papel higiênico e sabonete.

Fiquei parada na porta e cruzei os braços, ouvi o barulho da chave e logo em seguida a porta se abrir, fazendo com que a pessoa se assustasse.

— Mais que porra é essa? — ele perguntou com sua mão no coração, respirando ofegante —.

—Seu pior pesadelo talvez? — disse e peguei a sacola que estava em suas mãos — quem é você afinal? Não é dono desse morro porque é muito inexperiente, é filho do dono e tá tentando provar algo, acertei?

— Como sabe? — perguntou e se sentou na cadeira —.

Dei de ombros e me sentei no colchão, tirei as coisas da sacola que tinha uma marmita e uma garrafa de água.

— Já que vocês me tiraram da praia o certo era me dar pelo menos uma água de coco — falei indiguinada —.

Comecei a comer e quando terminei bebi um pouco da água.

Logo em seguida ele saiu levando as coisas, me deitei no colchão e fiquei encarando o teto, ouvi outra vez a porta sendo aberta e logo em seguida um homem entrar, só que outro homem, parecia ser um pouco maduro.

— Maria Elisa — ele disse irônico e eu revirei os olhos —.

— O que você quer afinal? Se vingar do meu tio? Pegar o morro dele pra você? — perguntei vendo ele colocar sua cadeira perto do colchão e ele sentou —.

— Sim, mais aproveitando que tu tá de caso com o policial, pegar ele também — falou me encarando e eu voltei a encarar ele —.

— Sabe, se você quer eles, vai atrás deles, a pessoa inocente que no caso sou eu não tem nada haver, ou seja, me libertem logo — assim que terminei ele negou com a cabeça, me sentei no colchão e encarei ele — se pegassem seu filho? Seu herdeiro, o que iria acontecer? Provável que você tenha mais filhos, tem cara de ter mulher, imagina todos eles presos por conta de vingança, como você se sentiria?

Assim que terminei de falar ele me deu um tapa na cara que fez com que caísse pro lado deitando, se abaixou do lado do colchão e começou a me enforcar.

— Nunca, nunca mais fale da minha família — enquanto ele falava eu ficava com medo, depois que ele falou eu coloquei minha mãos em cima da dele e dei uma risada —.

— Vou respeitar isso — eu disse e ele apertou mais ainda — mais não venha me usar, papai.

Vivendo em dois mundosOnde histórias criam vida. Descubra agora