querido estranho.

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para o querido estranho, que desapareceu por entre o seu sufoco e nunca mais voltou.

nós perdemos o contacto como uma fotografia antiga perde a cor com o passar do tempo. as nossas memórias, se deteriorando por entre o vento agitado numa noite fria de inverno. o meu coração deixou de funcionar assim que você tocou a minha mão pela última vez, olhando nos meus olhos, mas não me vendo. a essência de ambos, escondida nos pormenores da nossa pele, agora transformada em pó. nada mais que pó. e assim que a lua ia embora para dar lugar ao sol, sufocado pelo seu orgulho, você ia embora, contudo ainda sentia as minhas lágrimas caindo do céu e inundando a sua alma.

meu amor, como está o seu coração?

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