Apreciar (Único)

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O vestido vinho em meu corpo contornava as curvas certas, me deixava com uma aparência elegante e ao mesmo tempo era um pouco confortável. Contornei meus lábios com o batom vinho, tão bonito, poderia ser comparado com a cor do vinho em si.

Dispensei o casaco, também elegante e apenas retoquei a maquiagem leve em meu rosto, a sombra com um brilho leve e suave, as bochechas com um rosa delicado, e o batom destacando meus lábios. Era assim todas as noites, e não, eu não estava indo a uma festa ou indo me divertir — mesmo que eu me divirta nesse lugar. — Meu trabalho era um tanto amado por mim.

Dona de um restaurante famoso em Gênova, Itália, não poderia se vestir de qualquer jeito.

Principalmente quando seu restaurante é reconhecido pelos arredores como uma das maiores e melhores estâncias de vinho.

Me equilibrei nos saltos nude e andei até a porta de meu apartamento, me sentindo pesada de uma certa forma, de uns tempos pra cá. Não tardando a sair de lá sem antes pegar minha bolsa com meus pertences básicos. Entrei em meu carro e sem demora saí da garagem do prédio, seguindo a avenida principal de Gênova.

Aos 25 anos eu havia conseguido montar meu próprio restaurante, aos 28 consegui ótimas ofertas promocionais e bons vinhos que vinham de todo o mundo. Formada em administração aos 24, me senti realizada, sendo assim, a formação me ajudou muito com o começo do meu — agora — grande negócio.

Eu não estava sozinha nessa, mesmo sendo a dona desde o começo, não posso esquecer de falar do meu marido. Um dos homens que mais me apoia em meus sonhos.

A família não era lá essas coisas com relação ao meu desejo, era família rígida. Muitas das vezes queriam me obrigar a trabalhar na empresa da família, porém, sempre fui pé firme com meus objetivos. Sendo assim, não tive motivação alguma vindo de minha família, e foi aí que meu atual marido apareceu.

Ele era um simples promotor de vendas, de um novo vinho na época. Eu havia acabado de conseguir montar a adega do restaurante, e ele fora o primeiro a por seu produto a venda, e também acabou virando meu grande amor e um belo sócio.

Ao chegar em frente ao restaurante, suas luzes brilhantes realçando-o, chamou a atenção. Mostrando o quanto ele era bonito, por dentro e por fora.

Estacionei o carro na pequena garagem que havia ao lado, apenas para funcionários. Desci do carro trazendo comigo todas as coisas q eu precisava, minha bolsa, remédio e um vestido reserva caso aconteça algo com o atual.

Ao adentrar o restaurante, avistei apenas a silhueta de Megan correndo em minha direção com os olhos bem abertos e os braços estendido em minha direção.

— Ei está louca? — Perguntou, exasperada. — Está frio, cadê seu casaco? — Perguntou esbaforida. — Se ele te ver assim, irá se zangar, você é louca.

— Não estou com frio, você sabe, sintomas.. — Eu disse porém, fui interrompida.

— Dianna Mazza. — Olhei para trás dos ombros de Megan e vi meu marido, parado perto do balcão principal. As mão na cintura, com se fosse brigar com uma criança que fez bagunça. Sua cara de ''bravo'' e aquela típica coisa que ele faz com a língua. A colou na bochecha inferior e fechou os olhos, soltei uma risadinha acompanhada de Megan.

— Eu acabei de brigar com ela por isso. — Megan logo tratou de se defender.

— Eu não estou com frio amor! — Eu disse, agora, andando em sua direção.

— Mas está frio, quero que se agasalhe por favor. — Ele pegou uma mecha de meu cabelo e o colocou atrás da orelhas. Havia argolas médias em minha orelha, coisa que meu marido achava muito atraente. — Vamos Dianna, tem um casaco no escritório, irei pegá-lo. — Ele disse, mas antes que seu corpo vire em minha direção oposto, segurei seu rosto lhe dando um beijo em seguida. Ato que o deixou mole, como sempre, e eu não estava diferente. — Você tem que se agasalhar amor, está muito frio. — Ele disse ainda colado em mim, porém, seu lábio estava a um fio de distância do meu.

Château latour, JkOnde histórias criam vida. Descubra agora