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Yoongi

Já faz, mais ou menos, duas semanas desde que me encontrei com Seokjin e ele me propôs um novo local de trabalho. Aonde eu trabalhava antes, não tinha um salário tão bom e o meu prazo para pagar o aluguel do apartamento já estava acabando, eu não tive escolhas a não ser aceitar. Claro, não contei a Taehyung antes por saber que ele faria todo aquele drama dele, sem falar que ele ficaria chateado e a pior coisa é deixá-lo chateado. Odeio quando sou o motivo dessa chateação dele.

Pelo menos Jeongguk parece ser de confiança e vai se dar bem com ele, eles tem uma idade parecida e a mentalidade tenho certeza de que é a mesma, porém Jeongguk tinha mais maturidade. Esse garoto deve ter passado por muita coisa para ver o mundo de forma tão plana e diferente da maioria, me lembra eu do passado.

Atualmente, estou na mansão Kim, sim na casa onde Taehyung nasceu. Eu já sabia que aquele cara trabalhava aqui, senão não cometeria o nome do pai de Taehyung como se fosse o seu e naquele momento, foi quando deduzir este ser o afilhado de Dakho, pai de Tae. Mesmo sabendo disso, aceitei o emprego e cá estou eu, conhecendo pessoalmente o monstro dos sonhos do meu garoto.

Ele tinha uma boa aparência e é elegante, parecia ser simpático, !as sua expressão sempre dizia o contrário de sua falsa simpatia. Acho que realmente espera que o Taehyung venha a tal reunião que ele mesmo programou, mesmo sabendo o quão teimoso o filho é. Conhecendo bem o Tae, ele vai vir, de um jeito ou de outro, ele sempre vem.

- Papai, esse daqui é Min Yoongi, o nosso novo contador. - falou Seokjin me apresentado ao pai de Taehyung, este se curvou e eu fiz o mesmo. Depois houve um aperto de mão.

- Seja bem vindo, jovem. Daqui a pouco vamos começar uma reunião, só iremos esperar um pouco para ver se meu filho do meio vem a reunião. Não sei se sabe, ou se o conhece mas ele é bem teimoso quado quer.

- Imagino, senhor Kim. - falei falsamente. É claro que eu sei, convivo com ele há sete anos, e por sua culpa esse menino é traumatizado. Não dorme a noite, tem pesadelos, um sonho de ser pai destruído e uma má sorte no amor. E acredite, ele é forte e superou bem isso, e pode fazer melhor!

- Ah, espero que ele venha, pelo menos assim vou ter a chance de me desculpar e quem sabe fazê-lo voltar para casa.

- Sem querer me intrometer, mas já me intrometendo, você sabe que ele nunca vai fazer isso certo, pai? Ele simplesmente odeia esse lugar, nem para me visitar e visitar o Junggyu ele vem, e quando vem é muito raro. - falou Jennie que tinha acabado de entrar na enorme sala de estar onde estávamos, talvez aqui seja a reunião.

- Imagino...

Ele parece arrependido, mas ainda não acredito nessa farsa. O que ele fez com Taehyung e seus irmão é imperdoável - pelo menos para mim -, e ele tem sorte que os outros dois têm um bom coração para perdoá-lo, eu não teria o feito com toda certeza.

Minutos depois ouvimos muitos barulhos na entrada principal, alguns gritos e resmungos insatisfeitos; ora xingava a decoração, ora dizia que aquele lugar não havia mudado nem um pouco sequer. Só podia ser! Taehyung apareceu no salão principal agarrado em Jeongguk, e o segundo praticamente tentava acalmar o mais velho que estava bem irritado. Típico.

- Credo, vocês por acaso não tem nenhum senso de moda, não? A cor dessas paredes estão horríveis, preferia as antigas... - falou fazendo bico e se sentando de mal jeito no sofá. Jeongguk perdido fez o mesmo, mas ao contrário do acastanhado desleixado, sentou-se adequadamente.

- Mal chega e já chega fazendo barulho. Você não mudou nada mesmo, né, Taehyung? - falou um rapaz que meio que se assemelhava a Taehyung, como uma versão mais nova, porém mais adulta, isso de fato. Aquele provavelmente era Junggyu.