Escolhas

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P.O.V. Regina

- Amber.

"Não pode ser, não pode ser, não pode ser". Minha mente martelava e tudo que eu conseguia pensar era "Não pode ser". Só podia ser um pesadelo. Fechei meus olhos com força como se aquilo fosse me tirar do sonho terrível que eu estava tendo, mas abrir meus olhos e encarar a pessoa que estava me chamando de Amber me fez perceber que aquilo era a mais pura realidade. Emma me fuzilava com seus olhos verdes, um pouco mais escuros que o normal, procurando por uma resposta que provavelmente já tinha encontrado, afinal ela me chamou pelo primeiro nome, que até tinha esquecido que existia em minha identidade. Ser encontrada pela polícia era um verdadeiro pesadelo, mas ser descoberta pela mulher por quem me apaixonei era o pior deles.

- É alguma brincadeira? O que é isso? – Emma levantou um papel na altura de seu rosto, mas por estar sem meus óculos não consegui identificar muito bem, mas não podia negar que era o meu rosto estampado ali naquela folha.

- Eu não sei. – Minha garganta estava seca e meus olhos começavam a ganhar uma ardência que era um aviso de que logo ele estaria inundado de lagrimas.

- Você não sabe? – Emma me perguntou e sem me dar tempo de responder virou o papel para si e se pôs a ler. - Boletim especial de alerta global. Pessoa suspeita de homicídio de primeiro grau. Amber Regina Mills. – Ela pronunciou meu nome completo pausadamente e novamente virou a página em minha direção, que num movimento rápido capturei para ver mais de perto o que aquilo realmente significava. Enquanto tentava entender a confusão que Daniel me aprontou, Emma me perguntou visivelmente decepcionada. - Você matou uma pessoa?

- Não é o que tá pensando. – Eu tentei levantar meus olhos em sua direção, mas quando o fitei seu rosto de desapontada rapidamente me senti a pior criminosa do mundo mesmo sem ter feito nada, então logo desviei tentando achar a melhor maneira de explicar aquilo tudo.

- Então o que eu tenho que pensar? – Emma gesticulava com os braços abertos e o rosto avermelhado, não sei se por vontade de chorar ou por raiva, mas coisa boa não era, é óbvio. - Eu vi a sua foto num cartaz dizendo que você é suspeita de homicídio. E seu nome é Amber? – Ouvir ela me chamando de Amber com aversão a esse nome me machucou. Eu entendo que Emma ficou profundamente chateada com tudo, e que seja lá o que estávamos construindo foi violentamente destruído e finalizado, mas pensar que ela me odiaria ou sentia nojo de mim seria demais. Eu não suportaria tamanho sofrimento.

- Por favor Emma me escuta... – Eu precisava contar tudo, e eu estava decidida a fazer isso, mas ela não parecia muito afim de me deixar falar.

- Eu confiei em você. Eu deixei você entrar na minha casa, na minha vida. Na vida do meu filho. – Emma deixou cair uma lágrima que logo fez questão de secar. Oh Meu Deus, eu sabia que ia doer, mas ver Emma nesse estado e falando de como eu possivelmente magoei as pessoas que me eram importantes fez a dor se multiplicar mil vezes. - O meu filho... Henry confiou em você. O que eu vou dizer pro meu filho? – Sua pergunta saiu angustiada e eu entendia seu desgosto, afinal o pequeno não merecia passar por isso e se antes eu já me sentia culpada, agora eu estava desolada.

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