Atitude

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Emma

Com tio Rumple cuidando da loja e Henry na escola, Regina entrou em casa como se fosse a primeira vez. Acho que ela ainda não estava preparada para uma mudança tão brusca e de cara ter que encarar minha família, porque não dei outra escolha a não ver vivermos juntas. Eu não estava brincando quando disse a ela que nunca mais iria larga-la. Mesmo Regina já estando aqui antes, fiz questão de deixa-la à vontade. Peguei sua mochila, ofereci água, suco, café, comida.

- Na verdade acho que agora só preciso de um banho. Você se importa? – Ela me respondeu com um pouco de vergonha, o que eu achei a coisa mais fofa do mundo. Eu amava Regina, e aquele jeito tímido dela me conquistou de início. Lógico que depois eu conheci o lado mais quente e sensual daquela mulher, mas aí eu já estava mais do que rendida. Completamente encantada.

- Você é muito linda. – Sorri e me aproximei de seu corpo, acariciando sua bochecha. Não sei o que de fato acontecia, mas tinha uma energia que sempre me puxava pra perto dela. – Claro que não me importo. Você também pode fazer o que você quiser aqui, tá bom? – Selei nossos lábios mais uma vez naquele dia, e algo me dizia que isso viraria um vício em breve. – Quero que fique à vontade, porque essa casa também é sua agora!

- Ok, eu vou tentar. – Ela retribuiu o carinho em meu rosto, o qual me fez fechar os olhos e inclinar minha cabeça em direção a sua mão para aproveitar o máximo daquele contato.

- Vem, vou te mostrar o banheiro. – Segurando sua mão, levei ela até a minha suíte.

Fiquei tensa por não saber como ela ia reagir ao entrar no quarto que, se dependesse de mim, agora seria o nosso, até porque não tinha outro quarto livre em minha casa. Eu fiquei preocupada de Regina se sentir pressionada com tudo aquilo e até poderia dormir na sala enquanto ela se acostumava, mas para minha surpresa depois de muito observar o cômodo ela sorriu e me olhou.

- Seu quarto é a sua cara! – Minha expressão se suavizou um pouco.

- Porquê acha isso? – Perguntei colocando a mochila de Regina na poltrona que tinha ao lado da minha cama, enquanto ela se sentava na ponta do colchão.

- Não sei, ele é leve, claro, aconchegante e lindo. – Regina disse a última característica ao me olhar, e mais uma vez a vergonha tomou conta dela. Pude perceber pelo movimento que ela fez de guardar atrás da orelha uma mecha de seu cabelo castanho.

Mais uma vez aquela estranha energia se fez presente e me aproximei de Regina, dessa vez com muita cautela. Entrelacei nossas mãos com calma, trazendo as duas para meus lábios e deixando um beijo carinhoso em cada uma. Quando a olhei novamente, pude notar que uma lágrima solitária escorreu por seu rosto, que rapidamente enxuguei. Regina estava frágil, precisando de carinho e amor, e por um instante me passou pela cabeça que ela pode nunca ter tido isso num relacionamento, por isso estava tão emocionada com meus cuidados.

- Então ele também é a sua cara. – Disse terminando de limpar seu rosto. – Porque pra mim você é tudo isso aí que você falou.

- Para Emma... – Regina fungou rindo de leve, soltando uma de nossas mãos e limpando seu rosto de forma mais completa. – Você não pode ficar me falando essas coisas, sabia?

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