CAPÍTULO 26

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CHRISTOPHE DUJARDINS acordou e esticou o braço para sentir sua esposa com ele. No entanto, tudo que sentiu foi um vazio na cama e os lençóis amarrotados. Ele ficou levantou e ficou sentado na cama, como se pressentisse que algo estava errado.

Ele saiu da cama e mesmo sem roupa, andou pelo quarto em busca de Eulalia. Chamou-a pelo banheiro, nada. Na outra parte da suíte, também não havia ninguém. Será que ela havia saído para passear ou ir a algum lugar sem ele? Ele passou a mão pela cabeça, confuso e começou a andar de um lado para o outro.

Mas o que teria acontecido à sua esposa? Ele começou a ficar preocupado e nem se deu conta de que havia esquecido de ver as horas. 14h. Espantado por ter dormido tanto, Christophe sentia que tinha que verificar a situação com Eulalia logo. Com mil coisas passando pela sua cabeça, ele tomou banho e se vestiu com uma bermuda e camiseta. Como haviam lhe avisado, o calor do Rio de Janeiro chegava aos 40º C facilmente.

Ele olhou em volta e verificou as malas da esposa, que estavam intactas como no dia anterior, quando haviam chegado. Havia alguma coisa errada. Christophe sentou-se na cama e ligou para a recepção do Gold Rio, em busca de Eulalia.

- Recepção. Boa tarde? - Falou o funcionário.

- Boa tarde. Eu estou na suíte presidencial e preciso de uma informação. Sabe se a minha esposa saiu pela manhã?

- Sr. Dujardins, ela saiu por volta das 9h e até agora não voltou.

Mais preocupação veio à cabeça dele. Aonde Eulalia tinha ido?

- Certo. Muito obrigado. - Ele desligou o telefone.

Ele se aproximou da imensa janela e parou diante da vista de Praia de Copacabana. Passou a mão pelo queixo e pegou o celular no criado-mudo, ao lado da cama. Ele havia recebido várias mensagens do banco ao qual tinha o cartão internacional. Christophe verificou o aplicativo do banco e viu movimentações em uma loja de roupas e no Aeroporto Internacional Rio-Galeão, com passagens aéreas. Em seguida, tentou ligar várias vezes para sua esposa e nada de Eulalia atender.

Algo estava ficando bem sério e ele queria saber o motivo pelo qual sua esposa o havia deixado. Ele estreitou os olhos diante da luz forte do sol e guardou o celular no bolso. Seu coração batia forte no peito e ele se preocupava com a segurança da esposa. As peças não se encaixavam e ele não sabia o motivo. Christophe foi tirado de seus pensamentos, ao ouvir uma batida na porta.

Quem seria àquela hora? Perguntou em voz baixa. Ele abriu a porta do quarto e deu de cara com o gerente, com um jornal dobrado de baixo do braço. O gerente o olhava com cara de espantado e esbaforido.

- Boa tarde, sr. Dujardins. - O homem o cumprimentou. - Eu creio que isso pode interessar ao senhor.

O gerente se referia ao jornal, que estava em francês. O homem lhe entregou o tabloide e Christophe o desdobrou, deparando-se com a foto dele e Eulalia estampada na capa.

- O que diz aqui? - Nervoso, ele perguntou ao gerente.

- A matéria fala sobre o senhor e sobre sua esposa. Falam de muitas coisas, sobretudo de seu casamento.

- Eu agradeço por ter trazido o jornal até aqui.

- De nada, sr. Dujardins. Tenha um bom dia.

Christophe assentiu com a cabeça e fechou a porta. Ele sentou à mesa de escritório que havia na suíte e começou a ler a manchete. Correndo os olhos, pelo papel, ele ficou muito indignado.

- Mas o que significa isso?

Folheou para a página indicada e iniciou a leitura da reportagem, que era enorme. Ele engoliu palavra por palavra, da matéria sensacionalista e crua, que contava com detalhes toda a mentira do casamento e sobre o segredo dele sobre o pai de Eulalia. Ele sentia-se exposto, sujo, agora que a Europa toda, ou talvez o mundo inteiro, sabia daquele casamento de conveniência. O que era para ser um segredo dele e de Eulalia, virou manchete de um jornal de circulação mundial. Malédiction, soltou ele em francês.

O Direito de Amar - Série Apaixonados e Poderosos - Livro 5 (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora