Capítulo Trinta e Dois

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Eu reprimi um bocejo e me arrastei da cozinha para a porta da frente, me perguntando quem teria a coragem de bater tão cedo. Abri a porta. O equivalente a um expresso triplo sacudiu minhas veias, me deixando muda.

— Bom dia — Ayden disse, após minha falta de articulação continuar por muito tempo.

Eu olhei por cima dos meus ombros.

— O que você está fazendo aqui?

— Sou sua carona — Ayden apontou para seu carro esportivo digno de babar.

— Uhhh — Meu vocabulário aparentemente perdeu sua chamada nessa manhã.

— Eu sei que estou adiantado, mas –

— Onde está Blake?

— Problemas com o carro. Eu pensei em pegar a vaga. — Ele deu um sorriso encantador. — E você.

— Bem, pensou errado — Eu bati e tranquei a porta na cara dele.

Okay, eu estava ranzinza e Ayden não estava na minha lista boa. Um sorriso cruzou meu rosto quando eu ouvi seu tom chateado Aurora do outro lado da porta. Eu não tinha concordado em ser pega nesta manhã. Nem por ele, ou por meu novo namorado Blake. Sim, Matthias não voltou atrás sobre essa decisão idiota. Eu não estava animada sobre esse cenário, especialmente com Blake, cujas táticas de sedução não eram nada mais do que tanto faz, farei o que tiver que fazer para o bem da minha família.

Ayden era fácil de se olhar. E difícil nos hormônios. Mas ele era arrogante e rude, ainda mantinha segredos e eu não sabia se eu poderia confiar nele e na facção dos Meninos Malditos. Sem mencionar o problema da instalação segura.

Eu ainda estava brava que ele conseguiu entrar no meu quarto ontem à noite, sem convite ou aviso prévio, impertinente e rude. E eu numa toalha? Eu corei. Me pergunto como o Dr. Lahey se sentiria sobre esse comportamento responsável.

Eu estava irritada e ainda dolorida do ataque. Sparky – ou Fiskick, se o sonho era real, o que parecia estúpido agora - fez algo para mim. Eu não esperava. Aquilo me preocupou.

E a coisa do afogamento era nova. Quando eu fui mentalmente para onde o demônio estava – debaixo dágua – eu experimentei psicologicamente seu ambiente. Coisas estranhas e assustadoras estavam acontecendo e a falta de sono não ajudava.

— Quem está aí? — Luna perguntou enquanto eu entrava na cozinha.

— Ninguém.

Eu sentei no chão em frente às portas francesas para colocar meus tênis.

— Alguém colocou um sorriso bobo no seu rosto.

Eu fechei o sorriso que eu não tinha percebido que estava dando, incomodada que eu achava Ayden divertido. O encontro elétrico deve ter queimado meu bom senso. — Casa errada.

— Bom dia.

Virei a cabeça e bati no vidro da porta, adicionando outra dor aos meus muitos desconfortos.

A imagem bonita de Ayden, sorrindo e relaxado, entrou na cozinha e encostou no freezer. Esfregando minha cabeça eu observei Luna gesticular o termo tiete.

Sua cabeça girou para mim. — Ninguém?

Eu me levantei e me arrependi. Com tontura por várias razões e fora de balanço por só estar com um sapato, eu agarrei uma cadeira e errei. Um braço rodeou minha cintura. Corpo firme. Couro macio. Não era Luna. Aqui estava aquela pequena vibração no estômago e coração. E claro, ele cheirava bem. Sândalo?

Eu empurrei Ayden e peguei um banco.

— Vou buscar papai.

— Luna, estou bem

#1 - Demons At Deadnight (Divinicus Nex Chronicles) Onde histórias criam vida. Descubra agora